Rio de Janeiro propõe eficiência energética para evitar apagão

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A eficiência energética foi a forma encontrada pelo comitê de energia do Estado do Rio de Janeiro para evitar o risco de um racionamento. Formado pelo governo do Rio, com representantes de geradores, distribuidoras e entidades de classe, o comitê se reuniu nesta sexta-feira (25) pela segunda vez no ano para estudar propostas para reduzir o consumo e contribuir para diminuir a demanda nacional de energia.

"A idéia não é fazer um racionamento, mas sim estimular uma medida consciente e contínua junto à população", disse o diretor do Instituto Nacional de Energia Elétrica, Pietro Erber.

O comitê deve voltar a ser reunir no final de fevereiro para detalhar as medidas que deverão ser tomadas para promover esta eficiência energética. "Acreditamos que seja possível cortar até 10% do consumo, apenas com campanhas publicitárias, ou estímulos promovidos pelas empresas, com desconto em troca de equipamentos por outros mais eficientes", comentou a subsecretária de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Renata Bezerra Cavalcanti.

Segundo ela, as idéias que surgirem a partir deste encontro serão levadas aos demais Estados para também serem implementadas ao longo do ano. "O ponto mais importante deste encontro é que a distribuidora de gás pela primeira vez se viu envolvida numa campanha de eficiência energética, já que até então era interesse apenas das empresas de energia combater o furto, porque no caso do gás isso não existe", comentou Renata.

Além da redução nos setores residencial e comercial, ela informou que o Estado está negociando a substituição de equipamentos em indústrias para trocar até 900 mil metros cúbicos de gás natural por dia por óleo diesel ou óleo combustível. O governo estadual estuda, junto com a entidade responsável pelo ambiente, fornecer uma autorização para que as usinas operem apenas temporariamente com este combustível, para dispensar a necessidade de uma licença ambiental, que demandaria mais tempo para ser emitida. "As indústrias também terão que se adaptar e os custos deste investimento deverão ser discutidos entre CEG, Petrobras e as próprias indústrias", disse.