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Encerrada na semana passada, a chamada pública conjunta do BNDES e da Finep voltada à transformação de minerais estratégicos registrou 124 propostas de planos de negócios, com intenção de investimentos que somam R$ 85,2 bilhões. A iniciativa integra a Nova Indústria Brasil (NIB) e visa impulsionar projetos industriais e de pesquisa em cadeias ligadas à transição energética e à descarbonização.
Os projetos foram submetidos por 136 grupos econômicos, abrangendo 23 estados brasileiros. Segundo o edital, os planos de negócios devem contemplar investimentos em capacidade produtiva e em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para a transformação de minerais estratégicos e a fabricação de materiais transformados ou produtos manufaturados.
Do valor total apresentado, R$ 6,4 bilhões estão destinados ao desenvolvimento tecnológico e R$ 67,8 bilhões ao escalonamento industrial dos projetos. Os elementos mais visados entre as propostas foram terras raras (27 propostas), lítio (25), cobre (24) e grafite (20), todos estratégicos para tecnologias de energia limpa, baterias e componentes eletrônicos.
A chamada pública abrange minerais como alumínio, cobalto, cobre, grafite, lítio, nióbio, silício, terras raras, titânio, entre outros, considerados cruciais para cadeias produtivas da neoindustrialização, com potencial de geração de valor agregado nacional.
Para apoiar os projetos, o edital prevê a liberação de até R$ 5 bilhões em recursos, sendo R$ 4 bilhões do BNDES e R$ 1 bilhão da Finep. As propostas passarão agora por avaliação técnica. Os planos selecionados serão indicados a instrumentos financeiros que poderão incluir crédito, participação acionária, subvenções econômicas e recursos não reembolsáveis.
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A ação está inserida na Missão 5 da NIB – "Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas" – e reforça a estratégia de coordenação entre BNDES e Finep para induzir investimentos estruturantes com maior racionalização do uso de recursos públicos.
Segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, o Brasil tem vantagens competitivas para atrair esses investimentos, como reservas minerais relevantes, matriz energética limpa, ecossistema de inovação e neutralidade geopolítica. Para Celso Pansera, presidente da Finep, a iniciativa representa um novo ciclo de desenvolvimento com foco em sustentabilidade e agregação de valor.
*Imagem de capa: Depositphotos.com
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