Investimento em inovação faz Simco triplicar importação de máquinas

Nos últimos dois anos, a importação direta de máquinas e equipamentos pela Simco triplicou

Um estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aponta a urgente necessidade de investimento na indústria brasileira para melhoria da produtividade. Embora o caminho para essa renovação na indústria seja complexo, a Simco, uma das maiores importadoras e distribuidoras de máquinas industriais do país, demonstra aumento expressivo na venda de máquinas e equipamentos, confirmando que a modernização de parques fabris está ocorrendo. A maior demanda tem sido por máquinas econômicas e sustentáveis.

De acordo com a empresa, nos últimos dois anos, a importação direta de máquinas e equipamentos triplicou - com um crescimento de 20% em 2021, 42% em 2022 e 65% até outubro de 2023.

Sarah Vasconcelos, marketing da Simco, observa que em 2023 muitos empresários estão buscando não apenas renovar, mas também expandir seus parques fabris com máquinas mais tecnológicas do que as adquiridas anteriormente. Além disso, há um interesse crescente em adicionar opcionais que otimizam as máquinas e tornam a produção mais eficiente.

“Estamos trabalhando para atender à demanda por modernização e eficiência com soluções cada vez mais tecnológicas e avançadas. Nossos projetos de engenharia têm sempre o objetivo de impulsionar a produtividade e tornar as indústrias cada vez mais competitivas e sustentáveis”.

Simco é referência nos segmentos de metalmecânica, usinagem, transformação de plásticos. Imagem: Simco

Sustentabilidade

A Simco informou ainda ter registrado crescimento substancial nas vendas de equipamentos para os setores de metalurgia e transformação de plásticos nos últimos três anos. A expansão vem sendo impulsionada pela demanda por equipamentos econômicos e sustentáveis, que consomem menos água e energia e otimizam processos e reduzem o desperdício de matéria-prima, como as injetoras termoplásticas elétricas e híbridas.


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Os centros de usinagem que operam com óleos renováveis também têm sido muito procurados por empresas em processo de renovação do parque fabril, refletindo uma tendência de investimento em tecnologias mais limpas e eficientes.

Lacuna de produtividade e maquinário obsoleto

O estudo divulgado pela Fiesp coloca em evidência a lacuna de produtividade na indústria brasileira. Com a eficiência atual representando apenas 20% da produtividade americana, o país enfrenta o desafio de reverter o cenário para alcançar os patamares dos anos 1970, quando a produtividade nacional correspondia a 55% da produção dos Estados Unidos. Para isso, seriam necessários investimentos da ordem de R$ 456 bilhões, ou 4,6% do PIB anual, durante sete a dez anos.

Leia mais: Brasil terá que investir R$ 456 bi por ano para recuperar indústria

Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) também apontou que a idade média das máquinas e equipamentos no setor industrial brasileiro é de 14 anos, sinalizando uma defasagem tecnológica significativa.

*Imagem de capa: Depositphotos