Com aporte milionário, empresa de cabos de energia inaugura laboratório de ponta em MG

Novo laboratório do Grupo Prysmian nasce como o mais importante deste tipo na América do Sul

Líder mundial na indústria de sistemas de cabos de energia e de telecomunicações, o Grupo Prysmian inaugura na planta industrial de Poços de Caldas, Minas Gerais, um laboratório especialmente desenvolvido para desenvolver e testar cabos de alta tensão (HV).

A nova estrutura se enquadra em uma série de melhorias e expansões realizadas pelo grupo na operação mineira. Nos últimos cinco anos, foram mais de R$ 123 milhões em investimentos, dos quais R$ 28 milhões correspondem ao aporte somente em 2023.

“Os investimentos credenciam a fábrica a não apenas produzir cabos isolados de até 145 kV, como também permitem testá-los e homologá-los sem recorrer a terceiros, verticalizando todo o processo dentro de uma mesma fábrica e acelerando o processo de entrega. Isso também nos abre a possibilidade de expandir o portfólio de produção de cabos com maiores classes de tensão”, explica Felipe Mottin, diretor comercial do Grupo Prysmian.

“A produção local dos cabos de alta tensão reforça nosso compromisso em modernizar e inovar o setor elétrico, sendo um facilitador da transição energética. O novo centro de excelência de pesquisa e desenvolvimento garante a execução desse compromisso”, ressalta Daniel Azevedo, gerente de vendas de alta tensão do Grupo Prysmian.

Novo laboratório fica na fábrica de Poços de Caldas. Imagem: Grupo Prysmian

Laboratório de ponta

Capaz de realizar testes elétricos que chegam até 800 kV, o laboratório de 1,5 mil m2 já nasce como o mais importante deste tipo na América do Sul, já que nenhum outro na região possui tantos recursos à disposição.


Continua depois da publicidade


Os principais diferenciais estão no nível de tensão em 60Hz (400kV) e de impulso atmosférico (800kV), que são os maiores disponíveis no Brasil em um fabricante de cabos. Além disso, a infraestrutura disponível para realização completa de homologações de cabos de alta e média tensão também é única, não sendo necessário uso de laboratórios externos.

“O laboratório também foi desenvolvido para fazer a avaliação de descargas parciais; avaliação de tangente-delta; ciclos térmicos; ensaio de rigidez dielétrica; resistência elétrica do condutor; resistência elétrica da blindagem; capacitância; tensão elétrica DC aplicada na capa externa, entre outros. Ele conta ainda com os equipamentos adjacentes necessários para a ressonância do sistema, permitindo testes em longos lances de cabos em bobinas”, comenta Thiago Bragagnolle, gerente de laboratórios de P&D do Grupo Prysmian.

O primeiro teste realizado foi referente ao o fornecimento de 3 km de cabos com tensão máxima de 145 kV, seção nominal de 500 mm2, produzidos localmente para um projeto da Usina Jupiá, instalada no Rio Paraná na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. O cabo vai conectar a eclusa à subestação da usina, substituindo um antigo cabo de óleo fluído (OF).

Pesquisa e desenvolvimento

Como peça-chave de Pesquisa & Desenvolvimento, a recém-inaugurada estrutura vai contribuir com a inovação e o desenvolvimento de novos produtos e novas matérias-primas, já que permite realizar os ensaios necessários na categoria de alta tensão (classe de tensão igual ou maior que 69 kV) em uma estrutura totalmente segregada da linha de produção e com uma equipe totalmente dedicada de técnicos em P&D.

Com o novo laboratório, a Prysmian adiciona em sua operação brasileira o terceiro centro de excelência em P&D, juntando-se ao laboratório de desenvolvimento em Sorocaba-SP e o de cabos umbilicais em Vila Velha-ES, o que reforça o compromisso da empresa em inovar no país com mão de obra local.

“Esse é um momento histórico para a Prysmian no Brasil. Com o novo laboratório, a fábrica de Poços figura agora entre as principais fábricas de alta tensão do mundo. Esses investimentos nos proporcionarão conquistas que, certamente, vão impulsionar a nossa capacidade de inovação e consolidar ainda mais a nossa liderança no setor de energia”, afirma Raul Gil Boronat, CEO Brasil do Grupo Prysmian.