Em negócio histórico, Exxon Mobil compra concorrente por mais de US$ 60 bilhões

A compra da concorrente Pioneer é a maior transação de aquisição realizada por qualquer empresa neste ano e coloca a Exxon como a detentora do maior estoque de petróleo e gás não-convencional do mundo

A gigante petrolífera Exxon Mobil Corporation e a Pioneer Natural Resources anunciaram em conjunto uma parceria histórica por meio de um acordo definitivo para que a ExxonMobil adquira a Pioneer em uma transação inteiramente em ações. A fusão está avaliada em US$ 59,5 bilhões, com base no preço de fechamento da ExxonMobil em 5 de outubro de 2023. Com a concretização da fusão, a ExxonMobil se tornará a maior produtora de petróleo em operação nos Estados Unidos.

A aquisição da Pioneer Natural Resources representa o maior negócio da Exxon desde a compra da Mobil Oil por US$ 81 bilhões em 1998, ocorrida anos antes do início do boom do xisto. De acordo com os termos do acordo, os acionistas da Pioneer receberão 2,3234 ações da ExxonMobil para cada ação da Pioneer no momento do fechamento. O valor empresarial total implícito da transação, incluindo dívida líquida, é de aproximadamente US$ 64,5 bilhões.

Esta é a maior transação de aquisição realizada por qualquer empresa neste ano, o que a torna uma negociação histórica em termos de valor envolvido. 

A fusão combina o vasto território de mais de 850.000 acres da Pioneer na Bacia do Permian com os 570.000 acres da ExxonMobil nas Bacias do Delaware e do Midland, criando a principal posição de estoque não desenvolvido de alta qualidade nos Estados Unidos. Juntas, as empresas terão um recurso estimado de 16 bilhões de barris de óleo equivalente na Bacia do Permian.

A produção da ExxonMobil no Permian deverá mais que dobrar para 1,3 milhão de barris de óleo equivalente por dia em 2023, com expectativa de aumento para cerca de 2 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2027.

A transação está programada para ser concluída na primeira metade de 2024 e está sujeita a revisões e aprovações regulatórias usuais, bem como à aprovação dos acionistas da Pioneer. As expectativas de sinergias substanciais e vantagens estratégicas, como eficiência de capital e custo de desempenho, tornam este acordo uma virada de jogo no setor de energia.