SC vai investir R$ 220 milhões no setor elétrico para a indústria

Plano de Desenvolvimento Energético para a Indústria Catarinense foi lançado na Fiesc

O governo de Santa Catarina anunciou investimento de mais de R$ 220 milhões em obras para ampliar o fornecimento de energia elétrica para o setor produtivo. A ação envolve a Secretaria de Estado da Fazenda e a companhia de energia do estado, a Celesc.

Serão novas subestações, linhas de transmissão e redes de distribuição. Nesta primeira etapa, 11 indústrias enquadradas na proposta governamental terão a infraestrutura energética necessária para expandir seus negócios e aumentar a produtividade, gerando 9,5 mil empregos diretos e indiretos em todo o estado. Os cálculos mostram que haverá retorno de R$ 160 milhões em ICMS para os cofres públicos a partir da efetivação destes investimentos públicos e privados

Inédito, o “Plano de Desenvolvimento Energético para a Indústria Catarinense” foi lançado oficialmente na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc).

Projetos de expansão

O plano prevê o aporte de R$ 223,1 milhões em obras que vão atender as necessidades das indústrias que não serão diretamente contempladas pelo investimento de R$ 4,5 bilhões anunciado recentemente pelo governo do estado e pela Celesc.

Considerando as características dos empreendimentos e a própria regulação do setor elétrico, a alternativa para viabilizar os projetos de expansão foi dividir a conta: serão R$ 174,2 milhões do governo do estado e R$ 48,9 milhões da Celesc. Na prática, o plano não integra o pacote anunciado em maio, mas é um importante complemento e atende a um pleito de pelo menos cinco anos das indústrias. Somados, serão R$ 4,7 bilhões no sistema elétrico catarinense.

A partir da melhoria na infraestrutura energética, as 11 indústrias contempladas vão investir cerca de R$ 1,5 bilhão em 12 novos projetos nos respectivos parques fabris, ampliando seus negócios e gerando emprego e renda.


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Na lista das contempladas estão as indústrias Águas Negras S.A (Ituporanga), Metalúrgica Riosulense S.A (Rio do Sul), Pamplona Alimentos S.A. (projetos em Presidente Getúlio e em Rio do Sul), Docol (Joinville), Ciser (Araquari), Tuper (São Bento do Sul), Cejatel (Jaguaruna), Bragagnolo Papel e Embalagens (Faxinal dos Guedes), Tirol (Treze Tílias), Baterias Pioneiro (Treze Tílias), Chlorum (Palmeira).

Arrecadação

Secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert destacou que, a partir dos investimentos públicos e privados previstos neste plano, as 11 indústrias catarinenses calculam um incremento de R$ 4,5 bilhões ao ano nos respectivos faturamentos. O desempenho deve garantir R$ 160 milhões extra em ICMS para os cofres públicos. Ele antecipou ainda que a parceria entre o governo e a Celesc deve se repetir no futuro, com novos investimentos voltados à produtividade da indústria catarinense