Gigante chinesa de eletrodomésticos investirá R$ 600 milhões em nova fábrica

A Midea iniciou as obras de sua nova fábrica em Pouso Alegre (MG) e deverá gerar cerca de 700 empregos na unidade.

A Midea, uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos do mundo e líder em equipamentos de climatização, lançou, na última quarta-feira (12), em Pouso Alegre (MG), as obras de sua primeira planta 100% própria no Brasil. A empresa chinesa vai investir R$ 600 milhões na unidade, que deverá gerar 700 empregos quando entrar em operação, em julho de 2024. A iniciativa é parte importante do processo de expansão global da companhia que prevê altos investimentos em países estratégicos como o Brasil, considerado um dos maiores mercados de linha branca do mundo e o maior da América Latina. 

Presente em mais de 200 países, a Midea conta com mais de 160 mil funcionários ao redor do mundo e aproximadamente 1,5 mil no Brasil. A partir de 2024, a Midea Indústria do Brasil (MIDB), como será chamada a fábrica mineira, terá a capacidade de produzir 1,3 milhão de produtos por ano, começando com os refrigeradores duas portas frost free. “Nossa meta é estar entre os três principais players do mercado em até quatro anos, e a abertura de nossa fábrica no Brasil proporciona a competitividade necessária para sermos relevantes no segmento de refrigeração”, explica Felipe Costa, CEO da Midea Carrier e da MIDB.

A empresa contou com o apoio da Invest Minas, agência do Governo de Minas vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede).

“Nós já vamos começar as operações da fábrica no terceiro semestre de 2024, esperamos que seja em julho. Além disso, já estamos com uma série de investimentos previstos e temos certeza que, com o apoio que estamos recebendo, eles serão realizados”, contou o presidente global da Midea, Eric Wang.

A unidade da Midea também consolida a região Sul de Minas como um polo de produção de eletrodomésticos, já que outra marca global do setor, a japonesa Panasonic, já está instalada em Extrema, o que vai render frutos para a região. “As presenças das duas marcas mundiais vai atrair mais fornecedores de peças e materiais para a região, além de empresas de logística, manutenção, alimentos e outros serviços, gerando ainda mais empregos do que as fábricas em si. É um ganho muito significativo para a região”, conclui Renato Garcia, gerente de atração de investimento da Invest Minas.


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*Imagem de capa: Depositphotos