Canadense da indústria alimentícia investe US$ 150 milhões em fábrica em MG

Visando uma expansão no mercado de batata frita, a empresa McCain inaugurou, recentemente, sua nova fábrica localizada em Araxá, Minas Gerais.

Com o objetivo de aumentar significativamente a capacidade de produção de batatas pré-fritas congeladas, e consolidar ainda mais a presença da empresa no Brasil e na América Latina, a McCain inaugurou, na última semana, a sua primeira fábrica no Brasil. 

Localizada em Araxá, Minas Gerais, a planta conta com 638 mil metros quadrados e recebeu US$ 150 milhões de investimento.

De acordo com a publicação da Exame, o investimento é alto por ser a primeira fábrica construída do zero no país e com recursos 100% do caixa. Embora a companhia não tenha revelado a capacidade produtiva da planta, a empresa sinalizou que suprirá a necessidade do país para os próximos três anos, já com uma expansão programada no fim desse período. 

Sustentabilidade em foco

Com o intuito de aliar o potencial do mercado brasileiro às premissas de sustentabilidade, a companhia já está se preparando para, em dois anos, certificar a fábrica como emissão neutra de CO2, uma das premissas globais da McCain. Além disso, desde já a empresa tem realizado o descarte de resíduos de forma ambientalmente sustentável por meio do contato com empresas responsáveis pelo tratamento desse tipo de material.  

“O Brasil é o quinto maior consumidor de produtos do setor em que atuamos e cresce a aproximadamente 8% anualmente. Acreditamos que tem potencial para chegar a ser o terceiro, perdendo somente para os Estados Unidos e Reino Unido”, afirmou Aluizio Periquito, diretor geral da McCain no Brasil, ao Exame In.

A taxa a que o país cresce está acima da média mundial, segundo um estudo publicado pela empresa de pesquisa The Insight Partners. A empresa projeta que o mercado de batata frita congelada deve crescer 4,2% ao ano (CAGR) e atingir US$ 83,88 bilhões em 2028. 

E com a fábrica no Brasil, fica mais fácil acelerar o go to market de produtos mais inovadores já comercializados em outros países direto na linha de produção. Além disso, com fretes internacionais cada vez mais caros, aproximar a cadeia de suprimentos do público também parece uma boa estratégia. 


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“A gente realmente queria começar a diversificar. Trabalhamos com um produto vivo que depende de clima e para o qual uma falha de produção pode levar à falta do produto. A fábrica nova traz essa capacidade, já que adiciona o Brasil aos mercados em que a companhia já atuava. Ao mesmo tempo, nos traz força porque em qualquer eventualidade por aqui, poderemos contar com o sourcing da Europa. Ficamos bem posicionados para suprir o mercado a qualquer tempo”, afirmou Periquito.

Imagem de capa: Depositphotos.com