Maioria das empresas não tem acesso facilitado às métricas para uso de dados

KPMG aponta que boa parte dos empresários não têm fácil acesso às ferramentas, essenciais para marketing de crescimento.

Apesar de a maioria - 98% - dos executivos brasileiros considerar o uso de dados uma ferramenta essencial para o setor de marketing de crescimento, 64% deles não contam com fácil acesso às principais métricas da própria empresa. Esta é a principal conclusão da pesquisa “Maturidade do uso de dados e growth no Brasil” realizada este ano pela Leap, braço de inovação aberta da KPMG.

O estudo constatou ainda que apenas 37% das grandes companhias têm o hábito de realizar testes e otimizações. Já entre as startups e as pequenas e médias empresas, o indicador é ainda mais alarmante, com somente 29% de regularidade nesse quesito. Quanto ao uso das ferramentas e entendimento dos dados por parte dos analistas, 78% disseram não conhecer ou não ter prática com a nova versão do Google Analytics, enquanto 77% afirmaram encontrar problemas nas ferramentas que utilizam.

Em relação à frequência de coleta e uso de dados, 67% dos líderes ouvidos pela KPMG realizam procedimentos diários e semanalmente. Quando perguntados, porém, sobre quais ferramentas utilizam para visualizar tais informações, quase metade (44%) trabalha com o Excel - e a maioria deste total (74%) aponta divergência nos dados. O segundo software mais citado pelos executivos foi o Power BI, com 20% das respostas e 88% deste recorte de insatisfeitos. Com relação à opinião dos analistas, a pesquisa constatou que o Excel é a ferramenta mais utilizada (44%), seguido por Data Studio (29%) e Power BI (16%).

“Esse levantamento oferece informações claras e objetivas sobre a adoção de metodologias capazes de alavancar o crescimento de negócios disruptivos. Cada vez mais, empresas estão adotando parâmetros para alcançar melhores resultados com as ferramentas de marketing e, assim, ampliar a fatia de mercado”, destaca o sócio de inovação e transformação da KPMG no Brasil e cofundador da Leap, Oliver Cunningham.


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A pesquisa apontou ainda que as maiores dificuldades relatadas são extrair e analisar dados (24%), estruturar e acompanhar os processos de cada área (23%) e definir a melhor estratégia a partir do uso das informações (23%). Quanto ao potencial de melhorias, conseguir implementar e seguir processos que geram crescimento e viabilizar ações que promovem crescimento para a empresa foram os dois avanços mais citados pelos executivos, com 22% de amostra cada.