Ambev investe em startup que produz embalagens a partir de rejeitos agrícolas

A Ambev, que no ano passado R$ 58,4 bilhões, anunciou na última quinta-feira (12), investimentos na rodada seed de captação de uma startup que detém uma tecnologia regenerativa que possibilita o desenvolvimento de embalagens fabricadas com compostos orgânicos da própria natureza. Um projeto piloto da companhia lançará em outubro deste ano novas embalagens fabricadas com biomaterial em pontos de venda de São Paulo. A ideia é validar a embalagem com os consumidores para produção em escala já no próximo ano.

Para que a inovação sustentável saísse do papel, a Ambev e a startup argentina GrowPack firmaram parceria para a viabilização do projeto piloto. A startup, participante da segunda edição do programa Aceleradora 100+ em 2020, produz embalagens de comida biodegradáveis para delivery e take away utilizando palha de milho.

Somente nas duas primeiras edições do programa Aceleradora 100+, a Ambev investiu cerca de R$ 12 milhões em projetos, que trouxeram soluções inovadoras como o desenvolvimento de novas embalagens, caminhões elétricos, agricultura sustentável, entre outros.

“Estamos testando novas soluções, considerando matérias primas sustentáveis para a produção de embalagens e ampliação da cultura do retornável até atingir nossa meta zero de emissões plásticas até 2025”, afirma Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de suprimentos e sustentabilidade da Ambev.

Com economia de bio-baseada, ou seja, ciclo de vida completamente sustentável, a embalagem da GrowPack é produzida com rejeitos agrícolas, basicamente palhada de milho. O processo é totalmente mecânico, o que significa sem o uso de químicos e efluentes). Com isso, o descarte é compostável ou reciclado na cadeia do papel.

De acordo com a empresa, a produção das embalagens com o biomaterial consome 80% menos água, reduz em 50% as emissões de CO2 (gás carbônico) e economiza 25% de energia elétrica em comparação com o papel cartão. Em 2020, a Ambev atingiu 45% de conteúdo reciclado nas embalagens de PET, 47% nas embalagens de vidro e 74% nas latas de alumínio no Brasil


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