Casa dos Ventos e Grupo Moura anunciam parceria em autoprodução de energia eólica

Empresa geradora de energia renovável firma novo contrato de longo prazo de autoprodução com maior fabricante de baterias da América do Sul e amplia sua presença no Mercado Livre.

Após anunciar acordos de longo prazo como, recentemente, com a mineradora Anglo American, a Casa dos Ventos, uma das maiores investidoras no desenvolvimento de projetos eólicos no Brasil, anuncia parceria com o Grupo Moura, maior fabricante de baterias da América do Sul. O acordo prevê transformar a matriz energética da Moura em 100% renovável, atendendo o total de consumo de eletricidade da organização a partir de 2022 com energia eólica, através do complexo Rio do Vento (504 MW), no Rio Grande do Norte.

Com a nova parceria, a Casa dos Ventos reafirma sua estratégia de ofertar energia diretamente para grandes e médias empresas e reforça seu compromisso de democratizar o acesso à fonte eólica. Assim como os outros contratos, a desenvolvedora de projetos eólicos dá a oportunidade do parceiro se tornar sócio da usina e, consequentemente, autoprodutor de energia limpa - categoria que o Grupo Moura passa a aderir, participando como consumidor de energia e acionista do empreendimento por meio de um acordo de longo prazo. "Desenvolvemos um modelo customizado que atende às diferentes necessidades, de eletrointensivas, como a Vale, até empresas com menor consumo, como a Tivit, Vulcabras Azaleia e agora o Grupo Moura", explicou Lucas Araripe, diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos.

O complexo Rio do Vento está situado em uma das melhores regiões de vento do Brasil e se tornará um dos maiores empreendimentos da fonte no país. "A condição singular do recurso eólico, combinado com as economias de escala do empreendimento, nos dão a condição de ofertar contratos a tarifas muito competitivas", completou Araripe.

Com o uso de energia limpa, a empresa de Pernambuco evitará a emissão na atmosfera de 60 mil toneladas de CO2, equivalente ao carbono capturado pelo plantio 360 mil árvores . "Temos observado forte tendência de empresas buscando medidas de descarbonização de suas atividades. A fonte eólica não só cumpre essa meta, como também traz benefícios econômicos, dado que é a fonte de menor custo de geração no Brasil", disse Araripe.


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"No Grupo Moura, um dos pilares da cultura organizacional é adoção de princípios sustentáveis e de respeito com o Meio Ambiente de forma transversal. Todas as políticas ambientais da empresa, que vão do descarte correto de resíduos sólidos, ao reuso da água e à eficiência energética, são guiadas pelas melhores práticas mundiais. Com a parceria com a Casa dos Ventos nesse empreendimento, nossos produtos serão fabricados e sairão utilizando energia renovável armazenada, isso será um passo importante na busca pela redução das emissões de carbono em nossas operações. Buscamos o desenvolvimento sustentável da empresa com responsabilidade e o orgulho de sermos referência no Brasil", afirma o diretor de Metais e Sustentabilidade do Grupo Moura, Arnolfo Menezes.

Rio do Vento possui 120 turbinas V150-4.2 MW da dinamarquesa Vestas, líder mundial na fabricação de aerogeradores, e está localizado nos municípios de Caiçara do Rio do Vento, Riachuelo, Ruy Barbosa e Bento Fernandes. A operação comercial está prevista para o segundo semestre de 2021.

Capacidade dobrada

A Casa dos Ventos está de olho na duplicação do complexo eólico e já iniciou as negociações para expansão de Rio do Vento. Com Rio do Vento II, o empreendimento terá sua capacidade instalada dobrada, somando mais de 1 GW e passando a figurar como um dos maiores complexos eólicos do mundo.

Além de sua duplicação, a companhia estuda a hibridização do projeto, unindo duas fontes limpas e renováveis: vento e sol. "Para a segunda fase, iremos aproveitar a infraestrutura de conexão da primeira e realizar a operação das usinas de maneira otimizada. Rio do Vento será um dos ativos de energia com menor custo de geração do mundo. Uma oportunidade única para empresas reduzirem suas pegadas de carbono e obterem economias no consumo de energia", concluiu Araripe.

Além de Rio do Vento e sua expansão, a companhia desenvolve um terceiro projeto de 350 MW na Bahia, também mirando contratos corporativos de longo prazo.