Produção de café exige motores que se adequem a variações energéticas

Para atender à demanda dos produtores das áreas rurais, os motores e equipamentos devem ser desenvolvidos e preparados para instabilidades de energia

A eficiência energética em inúmeras áreas rurais do Brasil — que são importantes para atividades de agronegócios, como nos processos do segmento cafeicultor — não possui qualidade equivalente à de grandes centros urbanos. Essa ineficiência energética pode significar inúmeros prejuízos ao setor, por isso o produtor precisa de precauções específicas diversas, entre elas o maior cuidado na aquisição de motores elétricos e equipamentos, que sejam resistentes a instabilidades. Uma iniciativa importante na expansão e modernidade da rede elétrica de áreas ruralistas é o programa Mais Clic Rural, que a Copel iniciou em 2015 no Paraná.

Nestas áreas ruralistas, o uso de motores elétricos e equipamentos inadequados — que podem apresentar falhas devido à instabilidade energética — também pode afetar adversamente a lucratividade do agronegócio, devido às possíveis paradas de produção e perdas por lucros cessantes. “A competitividade de uma empresa pode ser afetada por falhas repetitivas de motores elétricos e, por isso, torna-se fundamental uma estratégia eficaz tanto na aquisição como na manutenção deles, para que minimizem os custos e evitem as paralizações imprevistas na produção”, alerta Drauzio Menezes, diretor da Hercules Motores Elétricos (empresa especializada em motores para diversos segmentos, como construção civil, alimentício, agrícola, industrial, entre outros.

Para ele, diante deste cenário, torna-se fundamental que as companhias rurais invistam em motores modernos e tecnológicos, desenvolvidos especificamente para trabalharem com a oscilação de tensão: “Hoje, a tecnologia está avançada e já produzimos motores elétricos que são mais eficientes e leves — com carcaça de alumínio e pés intercambiáveis. A Hercules desenvolveu um componente de proteção, adicionado ao mecanismo do motor, que aciona e desliga partes do funcionamento. O sistema absorve o pico de corrente, que é enviada antes aos contatos do mecanismo, evitando, assim, maiores danos e, consequentemente, sua queima”.


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Na produção de café, os motores elétricos utilizados necessitam ser precisos e ter características específicas quanto a índice de carregamento e rendimento compatíveis com o fornecimento elétrico da região produtora. “Como esses motores elétricos são aplicados normalmente em fazendas e sítios, onde a tensão energética fornecida pode ser de baixa qualidade ou com variação muito alta, precisam ser preparados para atender a estas variações. Por isso a Hercules possui motores especialmente desenvolvidos e preparados com o chamado Clik Rural e atendem a tensões de 110-127 V; 220-254 V; 220-254 V e de 440-508 V”, comenta.

Menezes explica que neste segmento os motores mais utilizados são de grau de proteção IP 44, que são protegidos contra poeira, e os motores de grau de proteção IP 55, resguardados contra pó e jatos de água. “O maior cuidado neste segmento é entre uma safra e outra fazer a manutenção preventiva dos equipamentos, trocar correias e manter os rolamentos dos motores sempre em giro, pois eles precisam estar com sua pista lubrificadas”, finaliza.