Gestão operacional de riscos melhora a produtividade das empresas

Shakeel H. Kadri, CEO do Centro de Segurança de Processos Químicos, em conferência no Cogresso Aço Brasil 2019 mostrou a importância da gestão operacional de risco para a proteção de vidas e a valorização das ações das empresas

Os incidentes mais significativos em uma planta industrial não ocorrem por causa de apenas uma falha. Podem ter origem na gestão, na liderança da empresa ou na ausência de cultura voltada à segurança operacional. Foi o que afirmou Shakeel H. Kadri, CEO do Centro de Segurança de Processos Químicos, e especialista internacional renomado em segurança, em sua palestra no segundo dia do Congresso Aço Brasil, em Brasília.

Segundo Shakeel H. Kadri, a Segurança do Processo é fator essencial para melhorar a competitividade das empresas: "uma boa gestão operacional de risco significa bons negócios".

Empreender elenca uma série de desafios. Principalmente quando se trata de negócios que geram impactos para funcionários, população e meio ambiente. Por isso, é necessário uma ampla gestão operacional de risco que ajude a evitar perdas materiais, danos à natureza e, principalmente, perda de vidas humanas, disse.

Ganhos na imagem e reputação da empresa, flexibilidade de negócios e redução de riscos são alguns dos pontos positivos que podem ser conquistados com uma boa gestão. "A prática também leva ao aumento de produtividade, melhora da qualidade do produto final e aumenta o valor das ações da empresa", explica.

Para ilustrar sua palestra, Kadri mostrou vários casos de acidentes graves em plantas petroquímicas, em foguetes da NASA e também na indústria do aço no Reino Unido e na Índia. Ele fez algumas recomendações para que os industriais brasileiros evoluam sua gestão operacional de riscos e, assim, evitem maior exposição a danos.

Ele recomendou aos dirigentes industriais que desenvolvam "senso de vulnerabilidade operacional relacionada ao seu negócio", ou seja, que estejam conscientes de que suas companhias podem vir a sofrer danos por causas de incidentes na operação e que, portanto, precisam tomar medidas para mitigar os riscos. Podem, por exemplo, proceder avaliações de riscos periódicas, conferir independência à área de segurança em relação à operação, dar liberdade para as manifestações dos empregados (e ouvi-las).