Produção física de embalagens cresce 2,5% em 2018, aponta ABRE

A ABRE – Associação Brasileira de Embalagem – apresentou uma versão ampliada do seu Estudo Macroeconômico e de Tendências, abordando, além das perspectivas de desempenho da indústria de embalagens, um olhar para as principais categorias de bens de consumo no Brasil.

O estudo dá continuidade ao acompanhamento elaborado pela ABRE e FGV nos últimos 20 anos, que a partir de agora será elaborado em parceria com a Euromonitor International. A nova reformulação do estudo contará com a atualização dos dados macroeconômicos do setor de embalagens (faturamento, produção física, balança comercial, etc.) com a complementação das principais tendências e impulsionadores sobre os principais setores de bens de consumo.

Apresentado por Angélica Salado, Analista Sênior da Euromonitor, o estudo demonstrou que o valor bruto da produção de embalagens em 2018 movimentou um total de R$ 78,5 bilhões, um crescimento de 10,4% em relação a 2017, sendo que plásticos, embalagens celulósicas e metálicas representam aproximadamente 90% do montante total. A produção física cresceu 2,5% e todas as categorias apresentaram crescimento, com destaque para embalagens de madeira e têxteis.

O nível de emprego na indústria atingiu 219 mil postos de trabalho em dezembro de 2018, contingente que é 0,41% superior em comparação com o mesmo período do ano anterior. As exportações movimentaram um total de US$ 573,3 milhões, um crescimento de 7% em relação ao ano de 2017. Já as importações também apresentaram crescimento, movimentando um total de US$ 607,7 milhões.

Para analisar as tendências de embalagens por categorias, foi utilizada a base de dados Passport da Euromonitor, que inclui as embalagens primárias do varejo de alimentos processados, bebidas, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de cuidados pessoais e alimentos para pets. Esta base de dados não considera as embalagens secundárias e/ou de transporte.


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Do total de embalagens mensurados pela base de dados, a maior parte destas é de embalagens flexíveis, seguidas por embalagens de plástico rígido e cartonadas assépticas. A boa notícia é que todos os tipos de embalagens apresentam perspectivas de crescimento em volume para os próximos anos e existem oportunidades para todos.

Angélica comentou que o país ainda passa por um período de ajuste, muito parecido com outros países que passaram por crises semelhantes e que ainda apresentará algumas oscilações durante algum tempo, mas a perspectiva é que a recuperação econômica se consolide nos próximos anos.

Para finalizar, Angélica ressaltou que é prevista recuperação para todas as indústrias de bens de consumo para os próximos anos, com efeitos positivos para as embalagens primárias – crescimento médio anual de 1,6% até 2024, em volume, no canal varejo. Também concluiu que a embalagem é cada vez mais estratégica, da concepção à entrega do produto.