FCA vende Magneti Marelli por 6,2 bilhões de euros

Empresa foi adquirida pela companhia japonesa Calsonic Kansei

Parte do plano de reestruturação da Fiat Chrysler Automobiles, a venda da Magneti Marelli finalmente ocorreu na Europa. O processo, liderado por Mike Manley, novo CEO do grupo ítalo-americano, rendeu um acordo de compra de 6,2 bilhões de euros. A empresa fornecedora de componentes automotivos era considerada uma das opções de venda do grupo ainda na época de Marchionne.

A companhia japonesa Calsonic Kansei Corporation foi a que adquiriu a Magneti Marelli, que é uma marca importante no mercado de autopeças e componentes, sendo um fornecedor de diversas marcas pelo mundo. Como Magneti Marelli CK Holdings, a nova empresa surge como o sétimo maior fornecedor do mundo em seu segmento de mercado.

A Magneti Marelli CK Holdings agregará 200 fábricas e centros de pesquisa e desenvolvimento localizados na Europa, Ásia e Américas. Beda Bolzenius, que lidera a Calsonic, assumirá também a empresa italiana, mantendo na diretoria o atual CEO nomeado anteriormente pela FCA, Ermanno Ferrari.

Apesar da venda da Magneti Marelli, Mike Manley garante que a empresa continuará como principal fornecedor de componentes tecnológicos da Fiat Chrysler:

“O negócio combinado continuará sendo um dos mais importantes parceiros de negócios da FCA e gostaríamos de ver esse relacionamento crescer ainda mais no futuro. A transação também reconhece o valor estratégico total da Magneti Marelli e é outro passo importante em nosso foco incansável na criação de valor.”

Sem a empresa, agora Mike Manley terá de se concentrar nas várias marcas que compõe a FCA. A estratégia já definida eleva a Jeep de posição dentro do grupo, tornando-a mais global, especialmente com expansão radical na Europa e América do Sul, assim como a conterrânea RAM, com maior presença fora dos EUA.

Da mesma forma, Alfa Romeo e Maserati também assumirão um papel maior no segmento premium. No caso da Fiat, a marca italiana ficará mais focada em um nicho na Europa, mas continuará em evidência na América do Sul.