Fábricas de motos fecharão mais vagas em 2016

Ano terminará abaixo de 13,7 mil postos por causa da queda na produção.

Como consequência do fraco desempenho do mercado interno, as fábricas de motos em Manaus continuam fechando vagas. “De acordo com a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), o setor emprega 13,7 mil trabalhadores, mas esse número será revisto por causa da queda produção”, diz Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, associação que reúne os fabricantes de motos. Em 2015 o setor tinha 16 mil postos de trabalho.

No acumulado do ano o País fabricou 712,8 mil unidades, resultando em queda de 31% ante o mesmo período do ano passado. O segmento mais atingido foi o de motos entre 450 e 800 cc, cuja produção caiu 60,4%. “Essa queda acentuada ocorreu porque os fabricantes tiveram de se ajustar aos seus estoques”, afirma Fermanian. A menor queda, de 16,2%, ocorreu para os modelos de 161 a 449 cc por causa do lançamento da Honda XRE 190 este ano e do retorno da 250 Twister no fim do ano passado.  

O baixo volume de exportações também impede o crescimento da produção local. No acumulado do ano o Brasil enviou ao exterior 43,7 mil unidades, volume 4,7% menor que o registrado no mesmo período de 2015. Entre as dificuldades para vender motos aos países vizinhos a Abraciclo cita a falta de competitividade ante modelos asiáticos de baixa cilindrada. 

Fermanian lembra também o fato de as motos brasileiras estarem alinhadas à Europa em legislação de emissões, o que não ocorre nos mercados ao seu redor.