Dólar fecha em alta frente ao real, com investidor aproveitando baixas cotações

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (22), abandonando a trajetória de queda que predominou na parte da manhã, com investidores aproveitando as cotações que chegaram abaixo de 3,20 reais para comprar moeda norte-americana.

O dólar avançou 0,45 por cento, a 3,2258 reais na venda, depois de bater 3,1817 reais na mínima do dia. O dólar futuro subia cerca de 0,60 por cento no final desta tarde.

Só nos dois pregões anteriores, a moeda norte-americana havia acumulado queda de 2,04 por cento.

"Os investidores que vêm apostando na baixa do dólar aproveitaram a queda para abaixo de 3,20 reais para realizar parte dos ganhos", comentou o operador corretora H.Commcor DTVM, Cleber Alessie Machado.

O movimento de queda mais cedo veio da busca por risco, já visto na véspera e reforçado pela indicação do banco central norte-americano de maior gradualismo em sua política monetária, o que significa continuidade do fluxo de recursos para países emergentes.

O Federal Reserve sinalizou que deverá haver uma alta nos juros do país este ano, e não mais duas, movimento que reforçou a expectativa do mercado de que ocorra em dezembro.

Juros maiores nos Estados Unidos têm potencial para atrair recursos aplicados hoje em outras praças, como a brasileira.

Também na véspera, o Banco do Japão mudou o foco de sua política monetária e determinou meta para rendimento de títulos públicos, movimento que também agradou os mercados.

Internamente, o mercado cambial também estava mais otimista com a aprovação de medidas de ajuste fiscal no Congresso, depois de declarações firmes de integrantes do governo. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vem se repetindo em defesa das reformas, assim como o presidente Michel Temer.

O Banco Central vendeu nesta manhã todo o lote de 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares.

O recuo da moeda nos últimos dias poderá resultar em nova elevação na oferta de swaps cambiais reversos pelo BC, segundo especialistas ouvidos pela Reuters.


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