Indústria de máquinas se recupera e fatura R$ 28,9 bi no 1º semestre

Fonte: Maxpress - 20/07/07

Foto: Divulgação

A indústria de máquinas e equipamentos fechou o primeiro semestre de 2007 com faturamento nominal de R$ 28,9 bilhões, o que representa um aumento de 10% sobre o mesmo período de 2006, de acordo com os indicadores econômicos da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). O desempenho, que é seguido por crescimento contínuo desde o início do ano, demonstra recuperação do setor, que acumulou resultados negativos ao longo de 2006. Os segmentos que tiveram melhor performance no período foram os de equipamentos para madeira (74,3%), válvulas industriais (35,4%) e equipamentos pesados (14,6%).

O consumo aparente, que representa o faturamento, descontadas as exportações e somadas as importações, ou seja, a soma do que é absorvido pelo mercado brasileiro de máquinas e equipamentos, apresentou crescimento de 13,7%, ao atingir R$ 33 bilhões. Esse resultado também é seguido de sucessivas taxas de crescimento tanto no ano quanto no acumulado em 12 meses. "Trata-se de um claro sinal de aumento dos investimentos produtivos", na opinião do presidente da Abimaq, Newton de Mello.

Acompanhando o desempenho favorável, a carteira de pedidos apresentou expansão de 12%, equivalente ao acréscimo de duas semanas de trabalho para o atendimento das encomendas, uma vez que no primeiro semestre de 2006, dezessete semanas era o período necessário para atendimento das encomendas, e neste ano são necessárias 19 semanas. Paralelamente, o nível de utilização da capacidade instalada cresceu 4,3% ao passar de 80,17%, no acumulado de janeiro a junho de 2006, para 83,65% em idêntico período deste ano.

Comércio exterior  

Os dados de comércio exterior apresentam resultados significativos. As exportações cresceram 21% e as importações 31%, no primeiro semestre 2007/2006. "Ainda que em ritmo decrescente desde o início do ano, as vendas externas somam US$ 4,7 bilhões nesse primeiro semestre, o que é um volume considerável", afirma Newton de Mello.

O empresário destaca o forte esforço pela manutenção de espaços duramente conquistados no mercado internacional. Os principais destinos das exportações continuam sendo os Estados Unidos (US$ 1,2 bi) e Argentina (US$ 508 milhões), com Cingapura despontando em terceiro lugar graças a vendas pontuais, no valor em torno de US$ 250 milhões, de equipamentos voltados para a extração de petróleo. Os líderes do ranking das exportações são as máquinas rodoviárias, equipamentos pesados, de ar comprimido e gases, que inclui compressores, e máquinas agrícolas.

Com as importações somando US$ 6,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, o déficit da balança comercial do setor já atinge US$ 2,1 bilhões. Com esse resultado, elas representam 42% do consumo aparente em junho deste ano - três pontos percentuais a mais do que os 39% de participação em junho de 2006.

O movimento mais expressivo nessa variável se dá por conta dos países asiáticos. A liderança desse ranking continua de países como Estados Unidos (US$1,9 bi), Alemanha (US$ 1 bi), Japão (US$ 586 milhões) e Itália (US$ 537 milhões), cujas máquinas de alta tecnologia são importadas por usuários finais e não têm similar nacional. Mas a China aumenta sua participação, ocupando a quinta colocação (US$ 510 milhões), com máquinas diferentes. "Em sua maioria são de baixo conteúdo tecnológico, importadas por comerciantes, que fazem a distribuição no país. Com similar nacional, esses equipamentos têm como principal atrativo o preço", explica Newton de Mello.

Veja no link abaixo as estatísticas completas da indústria de máquinas e equipamentos relativas ao período de janeiro a junho de 2007:

www.abimaq.org.br/download/estat_Junho07.pdf


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