Scania adapta gestão para o mercado de ônibus

Nova estrutura segue modelo global e oferece serviços de planejamento.

A divisão de negócios de ônibus da Scania ganha nova estrutura de gestão a partir de um movimento global da empresa em se readequar às novas demandas no segmento urbano. No Brasil, a equipe é liderada por Silvio Munhoz, diretor de vendas de ônibus. Ele explica que a empresa passa a se dedicar também ao serviço de pesquisa e planejamento de compra para os clientes, de acordo com o perfil e necessidade da logística do sistema em que ele opera ou vai operar, além de ajudá-lo a entender melhor a legislação que rege sua concessão.

“Scania é ônibus. Com este lema, iniciamos um novo jeito de enxergar o negócio e de pensar e agir em equipe e no fim do processo, vamos ajudar o cliente com a solução adequada. Deixamos de vender só o chassi e agora nos preocupamos com a mobilidade, a operação e o passageiro, colocando à disposição todo o nosso portfólio de recursos”, afirma Munhoz. 

Para essa nova fase, foi criada dentro da estrutura de operações de ônibus a área de desenvolvimento do mercado de urbanos, que se dedica ao estudo e análises sobre a compra ideal para o tipo e a necessidade da operação. Este estudo inclui uma análise completa e dedicada do sistema e da legislação e propõe ao cliente as alternativas em termos de produto e serviços de pós-venda, aliados aos serviços financeiros para venda por meio de parceria com o Scania Banco e Consórcio Scania. 

“Este é um movimento que a Scania está realizando em todo o mundo como parte do esforço de aumentar nossa participação no transporte urbano global”, complementa. 

Ele conta que já há por parte de sua equipe um contato bastante próximo com autoridades e órgãos responsáveis pelas operações de transporte público em diversos municípios no Brasil. “É um serviço novo e um processo que demanda tempo, porque é uma nova cultura. A boa notícia é que cada vez mais a mobilidade urbana está deixando de ser uma pauta política e se tornando extremamente técnica, onde há grande potencial, exatamente porque há muita carência nesta área”. Ele diz que há exemplos de projetos de mobilidade que têm o recurso disponível, mas o descritivo é pobre em conteúdo técnico, o que causou devolução para que fosse refeito. 


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“A Scania está oferecendo sua contribuição, mostrando aos operadores e autoridades nossa expertise a partir de conhecimento adquirido em experiências ao redor do mundo, para gerar soluções para uma mobilidade urbana eficiente. Seremos um intermediário entre eles e as realidades mundial e local.” 

Como exemplo de atuação, ele cita o caso do município de Acara, em Gana, onde o operador que venceu a licitação de transporte público deixou a cargo da Scania a escolha do modelo de operação, tipo de veículo e a escolha das carrocerias: “Este tipo de modelo de gestão depende muito do operador e também do local, tal modelo não corresponde à realidade no Brasil, é só para elucidar como estamos desenvolvendo esta nova visão de negócio”, explica.

Para Munhoz, o Brasil vive atualmente uma situação de conflito no âmbito da mobilidade urbana, que estourou a partir das manifestações de 2013 e que tiveram como base as tarifas do transporte público. “A renovação de frota está sempre atrelada à tarifa. Todos os municípios têm limites orçamentários e o desafio é exatamente o de encontrar soluções que atendam por ora as necessidades de cada local que onere o sistema, que já vive em certo equilíbrio sensível de receita e custos”.


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