Espuma metálica que flutua na água permitirá a construção de barcos mais leves

Não, isso não é uma esponja. É um pedaço de metal que é leve o suficiente para flutuar na água. Pesquisadores da Universidade de Nova York, que inventaram a substância, dizem que ele é forte o bastante para ser usado na construção de barcos.

Esse metal é chamado de espuma sintática. É uma liga de alumínio repleta de esferas ocas de carboneto de silício, mais ou menos como um queijo suíço metálico. Apesar de ser um pouco mais leve do que a água, ele consegue bastante para resistir a pressões de até 170 Megapascal, o que é muito mais do que a pressão sentida a alguns quilômetros no fundo do oceano.

Muitos barcos modernos já são feitos de metal, então qual é a grande novidade? Considere que um pedaço de aço não flutua; barcos são feitos num determinado formato para que seus cascos desloquem água o suficiente para ele continuar flutuando. Mas a espuma sintática do cientista de materiais Nikhil Gupta é mais leve do que a água, então ela flutua por conta própria. Designers de navios que usarem esse novo material anda precisariam considerar o peso da tripulação, carga e sistemas a bordo, mas o casco em si não precisa pesar muito.

Gupta disse à Vice que o novo material estará pronto para produção dentro de cerca de três anos, e ele espera ver os primeiros protótipos da Marinha dos EUA mais ou menos nessa época. Ele publicou seu trabalho na edição atual do International Journal of Impact Engineering.

Espumas sintáticas não são novidade. Desde a década de 1960, espumas de polímeros cheias de esferas de vidro ou cerâmica são usadas em boias, submersíveis e até algumas aplicações aeroespaciais. Espumas sintáticas metálicas são mais recentes. Uma das combinações mais comuns é a espuma de alumínio cheia de esferas de cerâmica, mas engenheiros também já desenvolveram espumas de magnésio, aço e titânio. Não apenas elas são mais leves do que um bloco de metal, elas também são melhores na hora de absorver energia de impacto, o que pode ser muito útil em um navio de guerra.


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*Imagem capa: NYU via Science 2.0