Audi investe em produção e concessionárias no Brasil

A montadora anunciou a construção de uma nova linha de produção em sua fábrica em São José dos Pinhais, no Paraná.

O Brasil é o mercado da Audi que cresce no mundo. Por isso, a montadora alemã investe no país, para aumentar ainda mais sua presença. Jörg Hofmann, presidente da Audi no Brasil, falou sobre o país a Exame.com em entrevista exclusiva.

Um dos focos será ampliar a presença nacional. “Vamos aumentar o número de concessionárias, para atingir mais consumidores em áreas ainda não representadas”, disse Hofmann.

A Audi irá terminar 2014 com 40 concessionárias, 12 a mais que no ano passado. Em três anos, mais 20 serão abertas, com foco em regiões mais afastadas dos centros urbanos tradicionais, como Criciúma, Manaus, São Luís, Cuiabá e Teresina.

“Há demanda para esse mercado, clientes que gostam da Audi, mas ainda estão distantes de uma loja”, diz ele.

Além disso, a montadora anunciou a construção de uma nova linha de produção em sua fábrica em São José dos Pinhais, no Paraná. Em 2020, a fábrica estará operando em todo seu potencial, fabricando 26 mil carros por ano.

O investimento, que será de R$500 milhões, é uma prova de “grande comprometimento com o Brasil”, afirma Hofmann. Para ele, essa nova linha mostra a importância do país para a montadora alemã.

Mercado brasileiro e mundial

Por conta desse foco no país, o market share da Audi cresceu 10% em 2013. A montadora alcançou 32% do mercado, ultrapassando a Mercedes e encostando na líder BMW, que tem 38%.

Sobre o momento econômico do país, o presidente da montadora diz que “poderia estar melhor. O país está oficialmente em recessão, então é difícil fazer negócios aqui”.

No entanto, Hofmann explica que o mercado de carros de luxo foi menos afetado pelas flutuações. Enquanto o mercado em geral caiu 16% no ano no Brasil, o mercado de luxo cresceu 18%.

Em relação a Audi em todo mundo, China e Inglaterra são os maiores consumidores, enquanto o Brasil é um dos mercados que cresce mais rápido.


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Ainda assim, Hofmann afirma que falta “confiança” aos consumidores brasileiros, o que pode prejudicar a compra de itens de luxo. “A presidente eleita precisa reerguer a confiança dos consumidores”, falou.