Importação de produtos siderúrgicos cresce 18% no primeiro semestre

Dados divulgados nesta quinta-feira (17), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Aço Brasil (IABr), mostram que as importações brasileiras de produtos siderúrgicos, no primeiro semestre deste ano, totalizaram 2 milhões de toneladas, sendo 1,201 milhão de toneladas de produtos planos e 782 mil toneladas de produtos longos.

O volume é 18% superior às compras externas de produtos siderúrgicos em igual período de 2013. O instituto informou também que o consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos no período foi  12,7 milhões de toneladas, com queda de 2,3% na comparação com os primeiros seis  meses do ano passado.

Os demais dados referentes à siderurgia do Brasil, no acumulado janeiro-junho, serão divulgados posteriormente, de acordo com a assessoria de imprensa do IABr.

A direção da entidade considera o cenário atual difícil para o setor do aço. Por isso, temas como os desafios  da indústria siderúrgica, o excesso de capacidade e as possíveis soluções serão discutidos no 25º Congresso Brasileiro do Aço, programado para os dias 12 e 13 de agosto, em São Paulo.

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Aço (Abrifa), Augusto Schiewe, disse à Agência Brasil que a importação de aço longo não chega a 5% do mercado brasileiro. “O volume de importação [de aço longo] tem que crescer muito ainda para poder fazer o produto nacional se tornar competitivo com o produto externo”.  Segundo Schiewe, o número está disponível no site da Receita Federal.

“Ou seja, é um mercado muito grande para ser explorado. Por mais que a importação cresça 18%, o percentual que o aço importado representa no mercado é muito baixo. Há espaço para crescer bastante. Acredito que [a participação do]  aço longo importado poderia ser entre 20% e 30%”, manifestou.


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O presidente da Abrifa indicou que o grande consumidor do aço plano é a indústria automobilística. Ele defendeu que haja distinção entre os tipos de aço para que as estatísticas não sejam misturadas.   Augusto Schiewe avaliou que os números têm que ser identificados isoladamente, para facilitar, inclusive, a formação de opinião dos leitores.