Nissan: Fábrica de carro elétrico só é viável acima de 50 mil unidades

“Abaixo desse nível é difícil produzir sem prejuízo”, disse o presidente mundial da Nissan, Carlos Ghosn.

O presidente mundial da Nissan, Carlos Ghosn, disse nesta terça-feira (15), que a montadora vai aguardar a legislação para tecnologias de propulsão alternativas antes de decidir se produz ou segue importando o Leaf, seu modelo elétrico, no Brasil.

Após participar de cerimônia que marcou a inauguração da fábrica da Nissan em Resende, no sul do Rio de Janeiro, Ghosn afirmou que a produção local do Leaf só seria viável em um volume de, no mínimo, 50 mil carros por ano – seja para o mercado doméstico, seja para exportações a países vizinhos.

“Abaixo desse nível é difícil produzir sem prejuízo”, disse o executivo em entrevista coletiva à imprensa.

No momento, o governo discute com as montadoras incentivos para estimular o desenvolvimento de motores alternativos. Segundo Ghosn, a partir da definição desse programa a Nissan vai decidir como será a estratégia de comercialização do Leaf.

O executivo, porém, voltou a criticar a falta de apoio do governo a esse tipo de automóvel. “Não vemos interesse das autoridades brasileiras em lançar o carro elétrico”.