Balão estratosférico é híbrido de drone e satélite

A Thales Alenia Space afirma que demonstrará que o conceito é viável e tornará essas plataformas de baixo custo disponíveis nos próximos cinco anos.

A ideia é antiga, mas até agora ninguém conseguiu realizá-la com sucesso: um balão capaz de se manter em altitudes elevadas seguindo um curso predeterminado ou ficando estacionado em relação a uma posição no solo.

A Thales Alenia Space afirma que demonstrará que o conceito é viável e tornará essas plataformas de baixo custo disponíveis nos próximos cinco anos.

O veículo, chamado StratoBus, é um misto entre drone e satélite artificial: ele voa de forma autônoma e faz observações de elevada altitude.

O StratoBus poderá levar cargas úteis de até 200 kg e voará a 20 km de altitude, no limite inferior da estratosfera, mas quase o dobro da altitude dos jatos comerciais. O balão medirá entre 70 e 100 metros de comprimento e entre 20 e 30 metros de diâmetro.

Aparentemente o StratoBus contará com uma forma inovadora para gerar e armazenar eletricidade.

A fonte principal de energia será um painel solar, que a empresa afirma conter inovações que permitem que ele capte energia o tempo todo, em todas as estações - o balão gira sobre o próprio eixo para manter os painéis solares sempre voltados para o Sol.

A energia gerada será armazenada em uma "célula a combustível reversível".

Além de alimentar os equipamentos de observação, a energia alimentará dois motores elétricos, que se ajustam em tempo real para manter a posição do balão conforme a velocidade dos ventos - ele será capaz de contrabalançar ventos de até 90 km/h.

A capacidade de observação autônoma, segundo a empresa, será útil para o monitoramento ambiental, emitir alertas contra incêndios e queimadas em tempo real e vigilância de fronteiras.

Veja abaixo o vídeo que mostra um pouco do projeto: