Alta da produção em emergentes tem mínima de 4 meses, diz HSBC

No Brasil, crescimento da indústria perdeu força; na China, houve queda.

A atividade empresarial nos mercados emergentes cresceu em janeiro no ritmo mais lento em quatro meses, pressionada pela fraqueza do setor de serviços nos países do Brics, mostrou pesquisa nesta segunda-feira (10).
 
A Pesqisas Índice de Gerentes de Compras Composto (PMI, na sigla em inglês) do HSBC para indústria e serviços de mercados emergentes apontaram queda pelo segundo mês seguido, para uma leitura de 51,4 em janeiro. Ela permaneceu abaixo da média de 2013 de 51,7 e bem abaixo dos 64,1 registrados em janeiro passado. Mas o índice mensal permaneceu acima da marca de 50, que separa expansão de contração.
 
Com base em dados de gerentes de compras de cerca de 8 mil empresas em 17 países, a pesquisa mostrou sinais de retomada da indústria e da exportação em alguns países, mas a produção fabril da China caiu abaixo da marca de 50, o crescimento da indústria do Brasil desacelerou e a produção recuou na Rússia e na Indonésia. O crescimento foi mais forte na Índia, Polônia, Taiwan e México.
 
A atividade de serviços em janeiro nos maiores mercados emergentes atingiu mínima de seis meses. Índia e Brasil registraram recuos, enquanto as taxas de crescimento na China e na Rússia foram fracas, mostrou o HSBC.
 
O diretor global do HSBC para pesquisa de mercados emergentes, Pablo Goldberg, disse que os dados mostram uma clara divergência no padrão de recuperação.
 
"Entre os vencedores, temos países em uma clara recuperação cíclica que está sendo impulsionada pela melhora nos mercados desenvolvidos: México, Polônia e Repúbilica Tcheca", disse Goldberg. "Em contraste, os PMIs desaceleraram na Túrquia, Brasil, Rússia e Indonésia. Esses estão entre os países onde a deterioração do equilíbrio externo impediu afrouxamento monetário ou forçou aperto."

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