CNI diz que política de conteúdo local precisa ser ampliada

CNI diz que política de conteúdo local precisa ser ampliada.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) reagiu à queixa de protecionismo feita contra o Brasil pela União Europeia (UE) na Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta quinta-feira (19). Para o presidente da entidade patronal, Robson Braga, são os “outros países que são protecionistas. Nós não somos”. 
 
A queixa envolve o Inovar-Auto, regime tributário especial para o setor automotivo, entre outros tópicos. Entre os países protecionistas, Braga citou a França, a Alemanha “e muitos outros”.
 
“Quando vemos resultado da balança comercial de produtos manufaturados com déficit, significa que não temos proteção para a indústria, porque se tivesse, não teríamos esse déficit”, avaliou Braga.
 
O presidente da CNI apontou ainda a dificuldade de exportar veículos para a Europa e produtos manufaturados para os Estados Unidos. “Muitas vezes não é preço, e sim questões de especificações técnicas, barreiras não tarifárias que esses países adotam”, avaliou o presidente.
 
A opinião de Braga é oposta a da UE. “Acho que nós temos uma política de conteúdo local que ainda precisa ser melhorada do ponto de vista da indústria. Muitos setores que têm financiamento do governo não têm política de conteúdo local”, avaliou o industrial. Outro problema é o câmbio, “que está defasado e favorece grandemente as importações”.
 
Por Lucas Marchesini/ Valor Econômico

 


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