Anfavea: Mantega reafirmou reajuste do IPI em janeiro

Anfavea: Mantega reafirmou reajuste do IPI em janeiro

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse nesta segunda-feira (9) que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou que haverá um reajuste da alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) de veículos a partir de 1º de janeiro de 2014. Moan, que se reuniu com Mantega no escritório do Ministério da Fazenda, em São Paulo, disse ainda que o ministro também confirmou que a recomposição será parcial, mas não deu um prazo para o anúncio.
 
"Trouxemos a preocupação com a alíquota do IPI e ele reafirmou que terá reajuste parcial a partir de 1º de janeiro", disse Moan. A alíquota do IPI de veículos foi reduzida em 24 de maio de 2012, diante do cenário de queda nas vendas de veículos, e deveria ser recomposta para os porcentuais originais.
 
No entanto, o governo adiou os aumentos escalonados e fez apenas uma recomposição parcial nas alíquotas, em 1º de janeiro deste ano, além de manter a alíquota zero do IPI para caminhões. Com isso, desde o início do ano, o IPI para os veículos com motorização até 1.000 cilindradas está em 2%. A alíquota original, de 7%, estava zerada desde maio de 2012.
 
Para os veículos flex entre 1.000 e 2.000 cilindradas, a alíquota, de 11%, subiu de 5,5%, até o final do ano passado para 7% em janeiro. Para os carros a gasolina na mesma faixa de cilindrada, a alíquota original de 13% do IPI está em 8% desde o começo do ano. Já a alíquota do IPI dos veículos utilitários, reduzida de 8% para 1%, aumentou para 2% em janeiro.
 
PSI
 
Moan disse ainda que Mantega prometeu fazer uma "análise extremamente rápida" para as novas regras do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para o financiamento de caminhões, ônibus e máquinas agrícolas. O governo anunciou que o PSI/Finame será prorrogado em 2014, mas como os juros serão maiores que os atuais 3,5% ao ano e os recursos serão menores, os bancos travaram os financiamentos.
 
"Pelas regras que negociamos com o Ministério da Fazenda, até o dia 12 de dezembro (quinta-feira) o BNDES terá a informação exata do valor para ser desembolsado ainda este ano. Em função desta data de corte, alguns bancos se comprometem com os financiamentos pedidos até o final de novembro", disse Moan, justificando que uma decisão do governo definirá como ficarão os financiamentos a partir do dia 13, ou seja, na sexta-feira. 
 
Por Gustavo Porto e Ricardo Leopoldo/ Agência Estado

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