Após PIB fraco, Focus revisa projeção de crescimento em 2013 para 2,35%

Na semana passada, IBGE divulgou que a economia do País recuou 0,5% no 3º trimestre; segundo o relatório Focus, setor industrial deve crescer 1,63% neste ano.

A previsão de crescimento da economia brasileira em 2013 foi revisada de 2,50% para 2,35%, de acordo com a pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central com cerca de 100 analistas do mercado. Esse é o primeiro levantamento após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que mostrou queda de 0,50% em relação ao trimestre anterior. Para 2014, a estimativa de expansão passou de 2,11% para 2,10%. Há quatro semanas, as projeções eram, respectivamente, de 2,50% e 2,11%.
 
A projeção para o crescimento do setor industrial em 2013 foi revisada de 1,69% para 1,63%. Para 2014, economistas preveem avanço industrial de 2,25%, ante 2,50% da pesquisa anterior. Um mês antes, a Focus apontava estimativa de expansão de 1,72% para 2013 e de 2,42% em 2014 para o setor. Os analistas mantiveram a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2013 em 34,60%. Há quatro semanas, estava em 34,55%. Para 2014, subiu de 34,50% para 34,60%. Há quatro semanas, estava em 34,40%.
 
A projeção de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2013 recuou de 5,81% para 5,70%, de acordo com a pesquisa Focus. Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,85%. Para 2014, a projeção segue em 5,92%. Há quatro semanas, estava em 5,93%.
 
A projeção de inflação para os próximos 12 meses recuou de 6,09% para 6,04%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 6,18%. Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2013 no cenário de médio prazo caiu de 5,80% para 5,68%. Para 2014, a previsão dos cinco analistas passou de 5,68% para 5,75%. Há um mês, o grupo apostava em altas de 5,86% para 2013 e 5,61% para 2014.
 
Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em dezembro de 2013 caiu de 0,72% para 0,71%. Há quatro semanas, estava em 0,70%. Para janeiro de 2014, a projeção subiu de 0,70% para 0,71%. Há quatro semanas, estava em 0,70%.
 
Selic
 
Os economistas consultados pelo BC mantiveram a previsão para a taxa Selic no fim de 2014 em 10,50% ao ano. A taxa Selic está hoje em 10,00% ao ano. A projeção para a Selic média no próximo ano segue em 10,31% ao ano. Há quatro semanas estava em 10,25% ao ano.
 
A previsão para a taxa na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de janeiro segue em 10,25% ao ano, o que significa uma desaceleração no ritmo de alta, que foi de 0,50 ponto porcentual nas últimas reuniões do comitê. Nas estimativas do grupo Top 5 a previsão para a Selic no fim de 2014 está em 11,00% ao ano há quatro semanas.
 
Câmbio
 
A mediana das projeções para a taxa de câmbio no final de 2013 segue em R$ 2,30 nas estimativas dos analistas consultados na pesquisa Focus. Há quatro semanas, a projeção era de R$ 2,25. Para o fim de 2014, a mediana segue em R$ 2,40 há 14 semanas.
 
Déficit. O mercado financeiro elevou a previsão para o déficit em transações correntes em 2013. Pesquisa Focus mostra que a mediana das expectativas de saldo negativo na conta corrente este ano subiu de US$ 79,85 bilhões para US$ 80,00 bilhões. Para 2014, a previsão de déficit nas contas externas passou de US$ 71,80 bilhões para US$ 72,35 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 79,00 bilhões para 2013 e em US$ 70,80 bilhões para 2014.
 
Na mesma pesquisa, economistas reduziram a estimativa de superávit comercial em 2013 de US$ 1,30 bilhão para US$ 1,25 bilhão. Quatro semanas antes, estava em US$ 1,72 bilhão. Para 2014, a projeção caiu de US$ 7,85 bilhões para 7,45 bilhões. Há quatro semanas, essa estimativa estava em US$ 10,00 bilhões.
 
A pesquisa mostrou ainda que as estimativas para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), aquele voltado ao setor produtivo, foi mantida em US$ 60 bilhões para 2013 (está no mesmo valor há 52 semanas). Para 2014, também foi mantida em US$ 60 bilhões. Está no mesmo valor há 69 semanas.
 
Por Eduardo Cucolo/ Agência Estado

Tópicos: