Agronegócio e caminhões puxam produção de pneus

Setor entrega 57,6 milhões de unidades entre janeiro e outubro, em alta de 9,1% sobre o ano passado.

A produção nacional de pneus avançou 9,1% entre os períodos acumulados de janeiro a outubro deste ano contra 2012, passando de 52,8 milhões de unidades para 57,6 milhões, informa a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) em comunicado divulgado na terça-feira (19).

O resultado foi impulsionado pelos caminhões e o segmento agrícola, que registraram expansão de 14,6% e 15,9%, respectivamente, enquanto a fabricação de pneus para veículos de passeio cresceu 5,1%.
 
“Além da expansão do mercado de carga pelas boas safras e pelo estímulo à compra de novos caminhões, é importante destacar o reconhecimento do consumidor de que o pneu fabricado no País possui alta qualidade, como mostra o desempenho no setor de reposição que, para o conjunto dos diversos tipos de pneus mostrou um crescimento de 13,5%”, declara o presidente da ANIP, Alberto Mayer.
 
Por categoria, a produção de pneus radiais evoluiu 9,7%, para 40,7 milhões de unidades, resultado 2 pontos porcentuais acima da produção dos convencionais, cujo crescimento foi de 7,7% no acumulado janeiro-outubro contra igual período do ano passado, para um volume de 16,9 milhões. 
 
O bom resultado no mercado interno contrasta com o das exportações, que caíram 7,7%, para 10,3 milhões de unidades, enquanto as importações cresceram 16,4%, ao atingir 23,2 milhões de pneus. Com este resultado, a balança comercial do setor apresentou déficit de US$ 302,6 milhões, quatro vezes maior que o déficit registrado em iguais meses de 2012, de US$ 70,38 milhões. 
 
Para Mayer, este cenário, que começou em 2010 (até 2009 havia superávit) a entidade continua a pleitear junto ao governo incentivos para aumentar a competitividade do setor, com programas similares aos estabelecidos para a produção nacional de automóveis. 
 
“Este cenário, que vem se agravando desde 2010 – até 2009 havia superávit -, só deve mudar se forem tomadas medidas que reduzam o Custo Brasil para as indústrias. Ainda estamos na dependência dessas definições para atrair novos investimentos e estimular a ampliação da produção local, de modo a acompanhar o crescimento da frota estimado pela Anfavea para os próximos anos”, completou.

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