Abimaq diz que governo consultou sobre setores afetados pelo PSI

Abimaq diz que governo consultou sobre setores afetados pelo PSI

O presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, disse que o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, fez uma consulta sobre as áreas mais sensíveis do setor de bens de capital, no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
 
'Dissemos a ele que os pontos mais sensíveis eram o total do bem de capital que é coberto pelo (financiamento do) PSI (até 90%), os juros (de 3,5% ao ano) e o prazo de amortização (até 10 anos)', disse Velloso, após encontro do Holland, no escritório do Ministério da Fazenda, em São Paulo, nesta segunda-feira, 28.
 
O representante da Abimaq não conseguiu informações sobre as novas regras do PSI para 2014, apesar da garantia do governo de que será prorrogado no próximo ano. 'Ele já conversou com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a Abimaq e outros setores que dependem do PSI. Mas não deu nenhuma brecha de quando e como será anunciado o PSI.'
 
Dados da Abimaq mostram que mais da metade das máquinas vendidas hoje no País têm o PSI como principal fonte de financiamento, índice que chega a 80% nas máquinas agrícolas. 'E o setor agrícola depende da regulamentação rápida do PSI para não ter descontinuidade com janela aberta pela safra', explicou João Marchesan, vice-presidente da Abimaq.
 
Além do PSI, a Abimaq levou a Holland um projeto inicial para o Inovar-Máquinas, mas evitou dar detalhes sobre o projeto, já que a entidade ainda discutirá com outros ministérios, como o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 'O conceito do Inovar-Máquinas é incentivar investimentos do setor de máquinas com inovação tecnológica e investimento nas plantas industriais. Qualquer coisa que eu detalhasse seria leviano'. Ainda segundo Velloso, a Abimaq antecipou a Holland os dados do setor de setembro, que serão divulgados esta semana pela entidade.
 
'O setor está andando de lado em 2013, caiu 5% em 2012 (sobre 2011) e trabalhamos fortemente para não haver outra queda. Mas essa queda é possível', disse Velloso. Só a balança comercial de máquinas e equipamentos deve encerrar 2013 com um déficit de US$ 20 bilhões.
 
Fonte: Agência Estado