Lucro da Gerdau cai 60% no 1º trimestre, perto do esperado

Maior produtora de aços longos das Américas fechou o período com lucro líquido de R$ 160 milhões em meio à crise vivida pelo setor siderúrgico.

A Gerdau, maior produtora de aços longos das Américas, sofreu uma queda de 60% no lucro líquido do primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, mas o resultado veio praticamente em linha com o esperado pelo mercado em meio à crise vivida pelo setor siderúrgico.

A companhia divulgou lucro líquido de R$ 160 milhões ante expectativa média de analistas apurada pela Reuters de resultado positivo de R$ 151 milhões. Sobre o quarto trimestre, porém, houve crescimento de 12% no lucro.
 
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Gerdau nos três primeiros meses do ano somou R$ 805 milhões, queda anual de 20%, mas abaixo dos R$ 886 milhões esperados pelo mercado, em média. No período, a margem recuou de 9% para 11%.
 
O desempenho foi afetado por fraqueza na América do Norte, onde o volume de vendas caiu 13% sobre um ano antes, para 1,516 milhão de toneladas. Além disso, as operações na América Latina tiveram queda de 4% nas vendas e a de aços especiais, voltados à indústria automotiva, recuaram também 4%. No Brasil houve crescimento de ligeiros 2% nos volumes.
 
Pesou ainda aumento no resultado financeiro negativo, que passou de R$ 97 milhões nos três primeiros meses de 2012 para R$ 192 milhões no primeiro trimestre deste ano.
 
Diante da queda consolidada de 4% nas vendas, para 4,555 milhões de toneladas, a produção de aço bruto da Gerdau recuou 11% no primeiro trimestre na comparação anual, para 4,41 milhões de toneladas.
 
A receita ficou estável em R$ 9,17 bilhões diante de aumento de preços no Brasil e na América do Norte. Enquanto isso, o custo das vendas subiu 2%, puxado por aumentos no Brasil (5%), América Latina (1%) e aços especiais (5%).
 
A Gerdau terminou o primeiro trimestre com dívida líquida de R$ 13,1 bilhões ante R$ 10,1 bilhões um ano antes, crescimento puxado por exercício de opção de compra de ações da usina na Espanha e "maior necessidade de capital de giro", divulgou a empresa.
 
Com isso, o nível de endividamento da Gerdau passou de 2,2 vezes a geração de caixa para 3,3 vezes ao final de março.
 

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