Confiança da indústria recua 1,5% em março

Apesar da queda, o ICI segue acima da média dos últimos 60 meses.

Os empresários da indústria seguem menos otimistas com a situação atual do setor e também com as perspectivas para os próximos meses, de acordo com a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada nesta terça-feira (26) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A pesquisa mostra que, em sua leitura final, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 1,5% entre fevereiro e março, ao passar de 106,6 para 105 pontos, o menor patamar desde setembro de 2012. A prévia do indicador, divulgada na semana passada, mostrava queda maior, de 2,3%. Apesar do resultado negativo, o ICI segue um pouco acima da média dos últimos 60 meses, de 104,5 pontos, e também acima do mesmo período do ano passado, de 103,0 pontos.

A queda da confiança em março resultou de recuos nos Índices de Situação Atual (ISA) e de Expectativas (IE). O ISA diminuiu 1,4%, ao passar para 104,2 pontos, enquanto o IE recuou 1,6%, atingindo 105,9 pontos.

O ISA manteve-se pelo segundo mês consecutivo abaixo da média histórica recente, o que, segundo a FGV, mostra um grau relativamente baixo de satisfação da indústria em relação ao presente. Já o IE segue acima da média histórica, ainda sustentando as expectativas de um desempenho melhor da indústria neste ano.

O quesito que mede a satisfação com a situação atual dos negócios registrou a maior contribuição para a queda do ISA neste mês. O quesito caiu 1,7% em relação a fevereiro, atingindo 109,4 pontos, patamar inferior à média histórica recente (112,2) pelo terceiro mês consecutivo.

A parcela de empresas que consideram a situação atual como boa aumentou de 21,6% para 24,6%, mas a proporção das que a consideram fraca também subiu, de 10,3% para 15,2%.

No caso do Índice de Expectativas, o indicador de produção prevista foi determinante para a queda do índice, com recuo de 2,8%, para 128,1 pontos, o menor desde novembro de 2012 (126,9). A proporção de empresas que esperam maior produção para os três meses seguintes manteve-se estável em 36,5%, enquanto a parcela das que preveem menor produção aumentou de 4,7% para 8,4%.


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O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) manteve-se estável em 84,1% entre fevereiro e março, acima da média de 60 meses, de 83,5%. Em março de 2012, o Nuci estava em 83,8%.