No teste de compressão o corpo de prova tem seu comprimento reduzido e conseqüentemente aumentadas as dimensões da seção transversal. A carga compressiva é transmitida através do contato do corpo de prova com a superfície dos cabeçotes da máquina de ensaio. Portanto nas superfícies de contato o aumento da seção transversal do corpo de prova fica parcialmente restrito pelo efeito do atrito. Este atrito gera tensões na superfície de contato, impedindo o movimento dos elementos situados nesta superfície, e provocando a alteração do formato original cilíndrico do corpo de prova durante o processo. Mais longe da superfície de contato os elementos fluem radialmente para fora numa taxa proporcional à sua distância ao centro do corpo. Este é o abaulamento ou efeito barril.

É desejável em algumas circunstâncias que o teste ocorra sem atrito. Idealmente , nesta situação existiria no corpo de prova somente a tensão normal de compressão e o corpo deformado manteria a sua forma cilíndrica original. A condição é denominada estado uniforme de tensões, que significa o mesmo estado de tensões (uniaxial compressiva) para todos os pontos do corpo.

O abaulamento pode ser evitado ou minimizado pelo uso de lubrificação nas superfícies de contato. Para testes conduzidos à temperatura ambiente é recomendado o uso de teflon ou óleo de alta viscosidade. Para altas temperaturas indica-se grafite dissolvido em óleo (ligas de alumínio) e vidro moído (para aços e titânio).

Para reter o material de lubrificação usinam-se sulcos rasos em ambas as faces do corpo de prova (ver figura abaixo). Este procedimento garante a lubrificação durante o teste, minimizando o atrito.

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