Qualquer aço carbono ou liga não revestido sofre corrosão quando exposto à atmosfera.

O processo de corrosão pode ocorrer rapidamente em ar úmido contendo contaminantes específicos. A adição de certos elementos de liga, principalmente silício, cobre ,cromo e níquel, pode diminuir a taxa de corrosão. A eficiência de cada elemento de liga depende não só da quantidade adicionada mas das condições climáticas.

O processo da corrosão atmosférica progride por uma reação eletroquímica na qual o eletrólito é a umidade do ar. A umidade deposita-se por precipitação ou condensação como orvalho sobre as superfícies expostas com a redução de temperatura.

Fatores geográficos e meteorológicos

Os principais fatores em áreas urbanas são os contaminantes em forma de óxidos de enxofre originado pela queima de combustíveis. Em regiões próximas ao mar o ataque se deve a partículas originadas na água do mar, contidas no ar. Em regiões rurais os fatores incluem sais, partículas de possíveis fertilizantes e poeiras calcáreas contidos no ar.

Condensação do orvalho

O condensado pode ser um fator importante na progressão da corrosão. A acidez estimula a corrosão através de ataque ácido. Valores de pH de 3,5 a 4,5 são possíveis em regiões semi-industriais.

Efeitos nos Aços Carbono

Os dados do efeito corrosivo sobre os aços são obtidos via experimentação. Ao longo do tempo criaram-se tabelas baseadas em testes realizados em vários ambientes. A ASTM realizou estes testes entre 1960 e 1964 e estabeleceu valores para a taxa de corrosão em função do tipo de ambiente. A tabela original não será reproduzida no presente texto, mas uma sumarização das faixas de valores para cada tipo de ambiente (ver abaixo).

Efeitos nos Aços de Alta Resistência e Baixa Liga

A resistência à corrosão destes aços é muito melhor que a dos aços carbono. Neste caso os parâmetros de taxa de corrosão foram determinados também por testes de exposição em diferentes ambientes. Alguns resultados são sumarizados na tabela abaixo.

Abaixo é apresentado um gráfico comparativo do avanço da corrosão em diferentes aços. O avanço é medido em termos da perda de espessura.

Dados coletados no Brasil ( ver autor nas ilustrações) mostram a progressão da corrosão atmosférica em quatro ambientes para dois tipos de aços (ver abaixo).

Neste caso o avanço da corrosão foi medido em termos da perda de massa.

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