por Henrique Viera    |   28/05/2015

Investimento público e privado torna Wi-Fi acessível nas grandes cidades

Acredita-se que o número de hotspots públicos passe de 14% para 72% no mundo até 2018.

Você já notou que cada vez mais redes de Internet sem fio estão disponíveis em lugares públicos? Nos próximos dois anos, as chamadas redes de grande porte, que estão possibilitando um mundo cada vez mais conectado via Wi-Fi, vão ser alvos de, no mínimo, 85% das empresas globais de telecomunicações. Isso quer dizer que 85% das operadoras pretendem fazer investimentos em Wi-Fi público e, com isso, mudar o cenário do acesso à Internet sem fio no Brasil.

Confira a seguir as mudanças que vêm acontecendo:

Operadoras cortam pacote de dados

Desde novembro do ano passado, as operadoras têm bloqueado o acesso à Internet quando a cota mensal ou diária do pacote de dados do cliente acaba. Isso tem causado grandes transtornos para o usuário, que é obrigado a contratar mais dados até a renovação do plano. A necessidade de acessar à Internet, enquanto isso, continua aumentando. O resultado é um crescente gasto do consumidor com contratações avulsas de pequenos pacotes de dados para o celular.

Antes da onda dos smartphones, acessar a Internet pelo celular não era necessário. Afinal, utilizava-se o celular para enviar SMS e fazer ligações. À medida que os smartphones foram ficando mais populares, aumentou-se a procura por pacotes de dados também. Toda a comunicação antes feita por SMS e telefonemas agora é feita por aplicativos que precisam de acesso à Internet, como o Whatsapp, Skype, e-mail, Facebook, etc.

Rede acessível

Pesquisas mostram que as chamadas de voz não constam nem entre as top 5 atividades realizadas por usuários de smartphones em seus dispositivos. Seu recurso mais utilizado é, sem dúvidas, a Internet. Seja para e-mails, pesquisas no navegador, chamadas de vídeo em aplicativos ou outras funções, a utilização da Internet no celular é frequente e a tendência é o Wi-Fi ser procurado em lugares cada vez mais distantes de casa – no restaurante, no clube, na casa de amigos – quem nunca pediu a senha do Wi-Fi para economizar 3G?

Felizmente, hoje é muito mais viável utilizar o sinal de Wi-Fi nas principais cidades brasileiras em vez de adquirir um plano de dados de Internet móvel. Apesar do acesso mais limitado à rede de 3G e 4G das operadoras, está surgindo uma oportunidade de popularizar a conexão Wi-Fi de modo a atender à demanda dos consumidores. Em São Paulo, por exemplo, o acesso livre à Internet em pontos turísticos como MASP, Parque da Aclimação, Largo São Francisco, Praça da Sé, entre outros, é disponibilizado pela NET São Paulo, que é uma das empresas privadas que está investindo nessa infraestrutura. Por meio de iniciativas como a da NET, de fornecer Wi-Fi livre em aeroportos e pontos públicos para clientes  ou não, cidades grandes como São Paulo, Fortaleza, Curitiba e Rio de Janeiro já têm um grande número de pontos de Internet grátis em funcionamento.


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Investimento crescente

O Wi-Fi livre em lugares públicos é um investimento que tem sido feito no mundo inteiro. Lugares como Londres, Seoul, Hong Kong, Nova York, Boston e inúmeras outras metrópoles já têm essa tecnologia e estão procurando desenvolvê-la mais. Desenvolver essa tecnologia vai tornar a Internet mais acessível para toda faixa etária e classe socioeconômica, causando mudanças nas mídias em lugares públicos. A projeção é que o número de hotspots públicos passe de 14% para 72% até 2018.

E você, já usou algum ponto de Internet livre na sua cidade? O que acha desse investimento? Compartilhe sua opinião nos comentários!

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

Henrique Viera

Henrique Viera é estudante de Comunicação Social na Belas Artes em São Paulo - freelancer de Redação nas horas vagas.