New Holland lança primeiro trator acessível a pessoas com deficiência

Em parceria com Senai, New Holland apresentou o primeiro trator agrícola acessível a pessoas com deficiência

A New Holland apresentou o primeiro trator agrícola acessível a pessoas com deficiência. Voltada para pessoas com deficiência motora nos membros inferiores, a máquina possibilita executar atividades no campo de forma autônoma.

Batizado de TL5 Acessível, o trator será fabricado no Brasil - na fábrica de Curitiba. Ele foi desenvolvido em parceria com o Instituto Senai de Inovação em Soluções Integradas em Metalmecânica, do Rio Grande do Sul, e com as empresas Elevittá e Arteprima. 

Para desenvolver o produto, foram utilizados recursos do Rota 2030, linha de financiamento do governo para impulsionar a indústria automobilística nacional. “Fomentos como os do Rota 2030 são aplicados para dividir os riscos de desenvolvimento tecnológico com a indústria. Neste caso, fomos além. Desenvolvemos tecnologia de impacto para a sociedade e, possivelmente, serão geradas três patentes brasileiras, relacionadas aos sistemas desenvolvidos”, afirma Victor Gomes, gerente da Divisão de Tecnologia e Inovação do Senai-RS.

Plataforma e joystick

O TL5 Acessível é equipado com uma plataforma de elevação e um joystick. Com o equipamento, o operador do trator comanda os movimentos necessários para fazer seu próprio embarque o desembarque do veículo, com acesso ao assento do operador e comandos da máquina. 

“O Senai-RS atuou no desenvolvimento tecnológico em um projeto de aliança entre empresas que constituem a cadeia de fornecimento dos componentes para o trator”, explica o gerente do Instituto, Vitor Nardelli. O papel do SENAI se deu no desenvolvimento do elevador que leva a pessoa à cabine e também no sistema de controles do joystick para a operação do trator usando apenas as mãos.

Eduardo Kerbauy, vice-presidente da New Holland Agriculture para a América Latina, explica que o Instituto Senai cuidou de toda a parte de eletrônica embarcada e de engenharia de software, trabalhando no desenvolvimento da tecnologia. “Eles pegaram a nossa prova de conceito e redesenvolveram o conceito do elevador, redesenhando a tecnologia para acessibilidade, como a parte do joystick do trator, por exemplo. Basicamente, eles desenvolveram a tecnologia e nós, como indústria, o produto”, sentenciou.