torno antigo

O princípio

O torno desde antigamente vem sendo usado como meio de fabricar rodas, partes de bombas d`água, cadeiras, mesas, e utensílios domésticos. Sabe-se que antigas civilizações, a exemplo dos egípcios, assírios e romanos, já utilizavam antigos tornos como um meio fácil de fazer objetos com formas redondas.

O Torno de Vara

Os Tornos de Vara foram muito utilizados durante a idade média e continuaram a ser utilizados até o século 19 por alguns artesões. Nesse sistema de torno a peça a ser trabalhada era amarrada com uma corda presa numa vara sobre a cabeça do artesão e sua outra extremidade era amarrada a um pedal. O pedal quando pressionado puxava a corda fazendo a peça girar, a vara por sua vez fazia o retorno. Por ser fácil de montar esse tipo de torno permitia que os artesões se deslocassem facilmente para lugares onde houvesse a matéria prima necessária para eles trabalharem.

Leonardo da Vinci

No final do século 15 da Vinci desenhou três máquinas em uma página. A primeira delas é com certeza um torno que já utilizava uma roda apesar de que somente para inércia, a segunda era uma serra, e a terceira era um sistema que usava um pedal para girar uma roda, que poderia ser anexado a diversos dispositivos

O Torno de Fuso

A necessidade por uma velocidade contínua de rotação fez com que fosssem criados os Tornos de Fuso. Esses tornos necessitavam de duas pessoas para serem utilizados (mais, dependendo do tamanho do fuso), enquanto um servo girava a roda o artesão utilizava suas ferramentas para dar forma ao material. Esse torno permitia que objetos maiores e com materiais mais duros fossem trabalhado.

Imagens dos primeiros tornos

Moudslay e Whitworth

Com a invenção da máquina a vapor por James Watt, os meios de produção como teares e afins foram adaptados a nova realidade. O também inglês, Henry Moudslay adaptou a nova maravilha a um torno criando o primeiro torno a vapor. Essa invenção não só diminuia a necessidade de mão de obra, uma vez que os tornos podiam ser operados por uma pessoa apenas, como também fez com que a mão de obra se tornasse menos especializada. A medida que a manufatura tornava-se mais mecânica e menos humana as caras habilidades dos artesões eram substituídas por mão de obra barata. Isso deu condições para que Whitworth em 186 mantivesse uma fábrica com 700 funcionários e 600 máquinas ferramenta. Moudslay e Whitworth ainda foram responsáveis por várias outras mudanças nos tornos da época, como o suporte para ferramenta e o avanço transversal.

Essas inovações são melhor observadas na ilustração abaixo:

A reta final

  • 1906: O torno já tem incorporada todas as modifiaçõs feitas por Moudsley e Whitworth. A correia motriz é movimentada por um conjunto de polias de diferentes diâmetros, o que possibilitabava uma variada gama de velocidades de rotação. Sua propulsão era obtida através de um eixo acionado por um motor, o que fixava a máquina a um local específico.
  • 1925 o torno paralelo: O problema de ter de fixar o torno é resolvido pela substituicáo do mesmo por um motor elétrico nos pés da máquina. A variação de velocidades vinha de uma caixa de engrenagen e desengates foram postos nas sapatas para simplificar alcances de rotação longos e repetitivos. Apesar de apresentar dificuldades para o trabalho em série devido a seu sistema de troca de ferramentas é o mais usado atualmente
  • 1960 o torno automático: Para satisfazer a exigência de grande rigidez criou-se uma estrutura completamente fechada. A máquina é equipada com um engate copiador que transmite o tipo de trabalho do gabarito através de uma agulha.
  • 1978 o torno de CNC: Apesar de não apresentar nenhuma grande mudança na sua mecânica, o torno de CNC como é chamado substituiu os mecanismos usados para mover o cursor por microprocessadores. O uso de um painel permite que vários movimentos sejam programados e armazenados permitindo a rápida troca de programa.

Avançar para os Subsistemas da Máquina-Ferramenta