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Tendências para 2022: um mundo híbrido e multinuvem

Por: Thiago Viola      06/12/2021

Ficou claro em 2021 que a abordagem de provedor único para nuvem não funciona mais. Um estudo recente da IBM reforçou isso: apenas 5% dos entrevistados no Brasil relataram usar uma única nuvem privada ou pública em 2021, em comparação a 45% em 2019.

As consequências do vendor lock-in, que ocorre quando uma empresa fica presa a apenas um fornecedor, tornaram-se claras: falta de inovação e preocupações com segurança e confiabilidade. A pandemia da Covid-19 forneceu uma plataforma para acelerar a transformação digital e as empresas começaram a repensar o valor de manter aplicações nas instalações, refletindo mais sobre quais devem migrar para a nuvem e quais delas permanecem on premise.

O cenário para uma abordagem híbrida e multinuvem nunca foi tão propício. Então o que vem a seguir? Considerando esse panorama, prevemos três tendências sobre o que podemos esperar no próximo ano:

As empresas vão migrar estrategicamente as cargas de trabalho enquanto abraçam a modernização

À medida que as organizações avançam em suas jornadas híbridas e de multinuvem, sua abordagem será direcionada a determinar para onde vão as cargas de trabalho. Desde o início de sua migração para a nuvem, as empresas, muitas vezes, movimentam cargas de trabalho simples e agora avaliam a migração de cargas mais complexas e de missão crítica em seu processo de modernização. No próximo ano, será necessário fazer um inventário de seus ambientes de TI para selecionar quais aplicações e cargas de trabalho são mais adequadas para a nuvem e quais devem permanecer on premise.

Cloud Future: segurança estará à frente e ao centro enquanto ameaças cibernéticas crescem

Uma das muitas razões pelas quais as organizações estão cada vez mais adotando uma abordagem híbrida e multinuvem é para mitigar o risco de concentração de fornecedores à medida que as ameaças cibernéticas aumentam. Com a proteção de dados como prioridade, as empresas também favorecerão a segurança projetada com um único ponto de controle para obter acesso a uma visão abrangente das ameaças e mitigar a complexidade no próximo ano. Enquanto as companhias realizam seus planejamentos para 2022, também devem se lembrar da preparação para o futuro no longo prazo. À medida que a computação quântica avança e apresenta riscos potenciais, como a capacidade de quebrar rapidamente algoritmos de criptografia e acessar dados confidenciais, é preciso olhar para além das ameaças de curto prazo e considerar os próximos 10, 15 e 20 anos.

Preparação para a governança de dados: a evolução das nuvens para a indústria

O estudo também aponta que 65% dos entrevistados no Brasil concordam que a conformidade regulatória relacionada à indústria é um obstáculo significativo. Atingir os requisitos de segurança e de conformidade regulatória é importante para indústrias altamente reguladas, como o setor de serviços financeiros e agências governamentais, por exemplo. À medida que essas indústrias se esforçam para atender às demandas dos clientes e dos cidadãos digitais, a adoção da nuvem evolui para nuvens especializadas. As plataformas específicas da indústria serão cada vez mais usadas para ajudar a equilibrar a inovação com protocolos de conformidade rigorosos. Ao escolher a plataforma certa, com controles integrados, poderão inovar no ritmo da mudança garantindo que você não fique para trás enquanto sua indústria implementa novos regulamentos ou modifica os já existentes.


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Enquanto ninguém sabe exatamente como 2022 será, podemos ficar tranquilos, pois os últimos dois anos foram um ponto de inflexão para a transformação digital. Na América Latina, como em todo o mundo, as empresas estão acelerando suas jornadas: abraçam novos modelos comerciais, movem cargas de trabalho para a nuvem e digitalizam suas operações. Esperamos que a nuvem híbrida continue a desempenhar um papel crítico na condução da inovação necessária para construir resiliência e abrir novas oportunidades para as organizações no futuro.

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Thiago Viola

Líder de Cloud Pública da IBM Brasil.