por Gabriela Pederneiras / CIMM    |   21/09/2020

Sustentabilidade: indústria automotiva e apps de carona apostam em carros elétricos

União Europeia e China saem na frente no incentivo a essa indústria.

A eletrificação da indústria automotiva é uma saída para as exigências de países e empresas por soluções mais sustentáveis de mobilidade. Com metas de diminuir emissão de gás carbônico, esses agentes incentivam, por meio de investimentos e subsídios, o desenvolvimento de carros elétricos. 

Em 2019, empresas e governos da União Europeia destinaram cerca de 60 bilhões de euros  para a fabricação de carros elétricos, o número é 19 vezes maior do que o que foi aportado em 2018. Um dos países que está à frente dessas ações é a Alemanha, que já votou pela proibição de motores de combustão até 2030, ou seja, em 10 anos toda a frota de veículos do país deverá ser alimentada por eletricidade ou outras fontes de energia limpa — o que corrobora com o objetivo alemão de diminuir suas emissões de dióxido de carbono em 95% até 2050. 

A China é outro grande player quando se fala na eletrificação da indústria automotiva. Por muito tempo a região foi a principal investidora em iniciativas como essa. Para se ter uma ideia, sozinho o país asiático investiu 17,1 bilhões de euros nessa indústria em 2019.

O Brasil já sente o impacto dessa corrida por sustentabilidade na frota de veículos. O país começa a receber cada vez mais modelos elétricos , apesar de ainda não ter a infraestrutura necessária para comportar um grande volume de carros movidos a eletricidade. Governos, porém, tem a meta ousada de, até 2023, reduzir a emissão de CO2  para 97 g/km.

Para atingir esse objetivo, no entanto, será preciso superar desafios como desenvolvimento de uma infraestrutura de abastecimento elétrico,falta de incentivos do governo para venda e falta de preparação do campo fabril para produzir modelos elétricos.

Grandes empresas apoiam o desenvolvimento de carros elétricos

Além do incentivo e apoio de governos, empresas que atuam no ramo de mobilidade urbana também tem investido no aumento de carros elétricos como meta de sustentabilidade. A Uber, por exemplo, disponibilizou 800 milhões de dólares em incentivos para seus motoristas usarem veículos elétricos, o recurso estará disponível até 2025.


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O objetivo da empresa de caronas é que todas as viagens nos Estados Unidos, Canadá e Europa sejam feitas em carros elétricos. O posicionamento faz parte da meta da empresa de ser uma plataforma sem emissão de poluentes até 2040.

A Lyft, concorrente da Uber, também tem investido pesado em uma frota elétrica: a companhia quer que todos os carros dirigidos por seus motoristas sigam esse modelo até 2030. Para tal, a empresa planeja incentivar legisladores, competidores e montadoras a tornarem os carros elétricos mais acessíveis. Isso será feito por meio de incentivos financeiros. 

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Gabriela Pederneiras / CIMM

Perfil do autor

Jornalista/ Redatora/ Assessora de Imprensa