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Gladis Costa    |   26/08/2020   |   Marketing e Comportamento   |  

Consumo: entre o delivery e a experiência

O e-commerce tem suprido a vida da população por conta da Covid, mas a experiência de sair é unica!

O que seria da população sem o e-commerce?  Neste momento é impossível. O e-commerce deve chegar na casa dos R$ 111 bilhões em 2020, de acordo com pesquisa da Kearney, consultoria de gestão estratégica. Os 200 maiores sites de e-commerce do Brasil tiveram em julho, 1,29 bilhões de acessos, de acordo com a Conversion, consultoria especializada em marketing e comércio eletrônico, fazendo com tivesse um crescimento de 25% e julho fosse o 3º. melhor mês na história do e-commerce. O ano também trouxe a primeira experiência de compras eletrônicas para 13% dos brasileiros, de acordo com relatório feito pela NielsenComscore, Global Web Index, Kantar e MindMiners

É claro que quarentena alterou profundamente os hábitos do consumidor brasileiro. Com as medidas de isolamento social, o consumo foi realizado através de transações eletrônicas. Além disso, a pandemia fez com que muitas empresas agilizassem seus processos de digitalização, porque as lojas estavam fechadas, mas o desejo de consumo e a necessidade de alguns produtos  permaneceram,  e as empresas precisavam gerar receita.  

De acordo com os dados da Compre & Confie, publicados na E-Commerce Brasil, estas foram as categorias que mais cresceram no período de abril 2019 a abril de 2020:  Alimentos e Bebidas (+ 295% ); Instrumentos Musicais (+252,4%); Brinquedos (+242%); Eletrônicos (+169%);  Cama, Mesa e Banho (+166%).

É válida a discussão sobre a abertura geral do comércio e os números nefastos da pandemia. Eu acredito no #fiqueemcasa, mas a cabeça começa a pirar, então cometi  um pequeno delito neste fim de semana: munida de duas máscaras, óculos que insistiam em ficar embaçados e com várias camadas de roupa, me atrevi a visitar um shopping.

Domingo à tarde, a cena é bem diferente do período pré-pandemia e não podia ser diferente, estacionamento quase vazio, poucas pessoas circulando, algumas visitando lojas, com  "liquidações" tímidas (leia-se, o preço não mudou), enfim, um outro universo, mas não sei o e-commerce pode substituir a alegria da gente comer uma coxinha crocante, uma sobremesa ali, um café do outro lado....e pronto, desejos realizados! No cardápio, algumas comprinhas rápidas para evitar filas – não foi o caso, o movimento estava bem tranquilo. Acho que as pessoas estavam fazendo compras em casa! Viva o e-commerce!


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Quem pode trazer esta experiência de consumo de forma tão divertida? A verdade é que nem sempre a gente quer comprar produtos: a gente quer sair, ver gente, passear, olhar vitrines, tomar um café e perceber que aos poucos a vida vai voltando ao normal e isto não tem preço! 

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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Gladis Costa

Gladis Costa é profissional da área de Comunicação e Marketing, com vivência em empresas globais de TI. É fundadora do maior grupo de Mulheres de Negócios do LinkedIn Brasil, que conta com mais de 6200 profissionais. Escreve regularmente sobre gestão, consumo, comportamento e marketing. É formada em Letras, e tem pós graduação em Jornalismo, Comunicação Social e MBA pela PUC São Paulo. É autora do livro "O Homem que Entendia as Mulheres", publicado pela All Print.


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