por Liliane Bortoluci    |   17/01/2020

Indústria automotiva e inovação: uma combinação que dá certo!

O ano começa com boas notícias para a indústria automotiva! De acordo com a ANFAVEA (Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores), 2019 representou o terceiro ano consecutivo de recuperação no volume de vendas e produção. Foram 2,57 milhões de veículos licenciados no ano, aumento de 8,6% em relação a 2018. Só em dezembro, o número chegou a 262,6 mil, recorde histórico! A produção anual registrou aumento de 2,3% na comparação com o ano passado, puxada principalmente pelo mercado interno. Para 2020, as projeções se mantêm otimistas: a entidade estima crescimento de 9,4% nos licenciamentos de autoveículos e de 7,3% na produção.

Considerando que a economia brasileira dá os primeiros passos para sua recuperação e enfrenta fatores externos desfavoráveis, como exemplo a crise econômica da Argentina, um forte comprador dos automóveis feitos no Brasil, o desempenho da indústria automotiva deve ser comemorado.

Um dos grandes méritos deste setor é sua capacidade de inovação para acompanhar o desenvolvimento tecnológico e o comportamento de seus clientes. É fato que os hábitos de consumo mudaram ao longo das décadas, e de forma muito mais expressiva nos últimos anos. Com muita informação e ferramentas de comparação ao seu dispor, as pessoas estão mais exigentes e buscam não apenas um produto, uma experiência de compra. Outro fator que poderia se oferecer como obstáculo, na verdade virou oportunidade: a tendência mundial de substituir os combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis, visto que muitos fabricantes vêm se dedicando ao desenvolvimento de carros elétricos.


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A indústria automotiva enfrenta estes desafios apostando na inovação. Pesquisa realizada pela KPMG em parceria com a agência Autodata, divulgada em meados do ano passado, revelou que a prioridade das montadoras é estabelecer os padrões da Indústria 4.0 – o tema foi citado por 42% dos 256 executivos ouvidos. Mesmo ante a crise de 2014 a 2016, o setor decidiu não congelar os investimentos.

Entre os vários exemplos citados em matéria da Folha de S.Paulo na época da divulgação da pesquisa, montadoras como FCA Fiat Chrysler e Volkswagen investiram R$ 7 bilhões em construção e modernização de suas fábricas nos últimos anos; General Motors, R$ 4,5 bilhões, e Toyota, R$ 1,6 bilhão.

É lógico deduzir que recursos de tal monta – e a projeção para novos planos de investimentos nos próximos anos – afeta toda a cadeia de suprimento do setor. Isto abre uma excelente janela de oportunidades para os fornecedores de máquinas e equipamentos que, não por acaso, vêm fazendo seus próprios investimentos para desenvolver soluções voltadas para a Indústria 4.0.

Neste sentido, a indústria automotiva está muito bem servida. Fabricantes e distribuidores de grandes marcas instaladas no Brasil se encontram hoje em pé de igualdade tecnológica com concorrentes de países mais desenvolvidos. Não só a qualidade, mas também a oferta é imensa. Para dar um exemplo, identificamos que a maioria das empresas que vão expor na FEIMEC 2020 – Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos (de 5 a 9 de maio) têm produtos e serviços que atendem o segmento automotivo. Como é tradição neste evento de negócios, os empresários deste setor podem ter a certeza de que encontrarão o que há de mais recente em inovação para ampliar suas fábricas, modernizar seus processos e continuar a crescer.

Nos vemos lá!

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

Liliane Bortoluci

Perfil do autor

Diretora da Informa Exhibitions, promotora da FEIMEC – Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos, de 5 a 9 de maio, no São Paulo Expo