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Guilherme Alfredo Kastner    |   25/09/2017   |   Projeto Descomplicado   |  

Visualização de arquivos – Parte 3 – DWG

Senhores,
 
Muitas vezes encontramos o hábito de fazer associação de marcas a produtos, como nos exemplos abaixo:
 
Xerox – Fotocopiadora
Gillette – Lâmina de barbear
Alvex – Água sanitária
Coca-cola – Refrigerante a base de cola... lembram-se do pode ser Pepsi?
 
O vídeo abaixo demonstra uma marca tentando se desassociar de uma marca mais forte.
 
 
No quesito de softwares de engenharia isso acontece com duas ferramentas, mas eu vou deixar para vocês ligarem em pensamento a uma marca comercial:
 
Principal software CAD de projeto predominantemente 2D, popular desde os anos 90 
Extensão de arquivo de projetos 2D 
 
Arquivo DWG
 
Com o Autocad ganhando popularidade na década final do século passado, o seu arquivo passou a ser uma referência em diversos itens:
 
Softwares CAD; e
Entrega de projetos de engenharia.
 
Tanto a referência se tornou tão grande, que em muitas situações licitações de projetos de órgãos públicos ou grandes corporações faziam algumas exigências para o recebimento de projetos.
 
Arquivo DWG
Determinação de versão do arquivo
Separação dos itens em layers
Cores especificadas para serem utilizadas como parâmetros de impressão
 
Por mais estranho que pareça, um arquivo se tornou uma obrigação e muitas coisas aconteceram em função disso.
 
A visualização – como tudo começou
 
Uma vez que os arquivos tinham que ser enviados, como eles eram validados por quem era responsável por recebê-lo?
Se a opção era basear por visualização, o PDF era uma referência válida, mas muitas vezes quem contrata o projeto deseja algo editável e, com isso, muitas vezes a instalação de um Autocad era necessária.
 
Pensando que o arquivo era uma necessidade, os primeiros visualizadores passaram a surgir.
 
Volo View
 
O Volo View foi o primeiro visualizador de DWG’s, com uma versão gratuita. Ele surge por volta dos anos 2000 e, quando entrei na SKA, em 2004, ele já estava descontinuado e seu download não mais disponível.
 

Ele foi um fenômeno na medida que não mais era necessário recorrer a um método ilegal para abertura de arquivos, uma vez que existiam meios gratuitos. Lembro-me que na época muitos sistemas passaram a utilizar esse programa como sistema de visualização integrado, sem a necessidade de conversões de arquivos de engenharia.
 
DWG True View
 
Esse foi o substituto do Volo View e atual solução da criadora do DWG. Basicamente, com ele pode-se realizar diversas operações:
 
Abrir arquivos
Visualizar dados vetorizados
Zoom detalhados
Impressão
Exportação para outros arquivos
 
Entre o DWG TrueView e o Volo View foi tentada a adoção pela desenvolvedora de uma extensão DWF, própria para compartilhamento de informações. Ao meu parecer, o mercado demandou a volta de um visualizador próprio de DWG, uma vez que não era desejo mais um arquivo de comunicação.
 
eDrawings
 
Existirá um post mencionando o eDrawings e sua tecnologia, mas no mesmo hiato entre o DWG True View e o Volo View, a SolidWorks desenvolve uma tecnologia simples, leve e gratuita.
 
O importante é mencionar é que ele foi sendo adaptado para que qualquer arquivo CAD, inclusive DWG fosse manipulado sem necessidade de instaladores adicionais, inclusive com ferramentas semelhantes as existentes aos produtos da Autodesk

Continuando um padrão
 
Muitas ferramentas de engenharia surgiram para o projeto 3D, mas o DWG continuou como o padrão de comunicação de projetos. O que aconteceu como consequência? SolidWorks, Solid Edge, Creo, Catia, NX e outros passaram a suportar este tipo de arquivo e exportar nesse formato.
 
Com isso, mudou-se o tipo de projeto e os padrões de engenharia, mas o método de comunicação, mesmo não sendo o mais adequado, se manteve intacto.
 
Isso se deu a alguns fatos:
 
Normalmente o arquivo é pequeno para ser comunicado por e-mail
Por muito tempo ele foi alocado em disquetes
Não se precisava de um grande hardware para a manipulação dos arquivos
Os sistemas de programação CNC importavam esse tipo de arquivo para a execução de seus processos.
 
Com isso, se conclui mais uma etapa de histórias de visualização e um padrão de arquivo.
 
Sds,
Kastner
O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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Guilherme Alfredo Kastner

Técnico de aplicações da SKA Automação de Engenharias desde setembro de 2004. Trabalhou com diversas Soluções Autodesk, SolidWorks. Nos últimos anos o trabalho tem sido focado na melhoria da comunicação das engenharias com os seus clientes dentro das corporações como a fábrica, administrativo e outros setores.


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