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Entenda a diferença entre sensor, analisador e medidor de vibração

Parecido não é igual. Saber diferenciar essa nomenclatura é essencial para compreender quais as melhores soluções preditivas para diferentes setores.

Por: Clara Rejane Scholles      12/08/2018

Parecido não é igual.

Tanto profissionais da indústria, quanto fornecedores e revendedores usam os termos medidor, sensor e analisador como sinônimos para se referir a dispositivos que medem a vibração em máquinas e equipamentos industriais.

Termos similares podem não representar corretamente um aparelho ou tecnologia. Compreender essas diferenças é importante para que cada profissional saiba buscar a solução que melhor se aplica à sua realidade.

 

Vamos às definições

Sensores: são componentes eletrônicos que respondem a estímulos físicos ou químicos, ou seja, detectam variações no ambiente no qual estão inseridos. Os sensores podem responder a diferentes estímulos como: calor, pressão, movimento, luz e etc, e podem ser analógicos ou digitais. Os sinais analógicos podem ser convertidos em sinais digitais através de conversores analógico-digitais (A/D). O objetivo é que o sensor emita um sinal capaz de ser interpretado por outros dispositivos.

Medidor: é um termo mais abrangente que compreende o anterior. Um medidor é um sistema que agrega diversos componentes eletrônicos e possibilita  a realização de medições de parâmetros. Os medidores podem ou não possuir capacidade de armazenamento de dados, ou seja, de coletar e armazenar um histórico de medidas. A maior parte dos medidores possui essa capacidade, dispondo de um data logger integrado, ou seja, um registrador de dados para coletar e armazenar dados ao longo do tempo. Dessa forma, os dados ficam armazenados para posterior análise em um computador ou outro equipamento digital de análise.


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Analisador: um analisador tem como função disponibilizar ferramentas de interpretação e análise das medidas coletadas, como gráficos e mecanismos de diagnóstico, possibilitando que o usuário tire conclusões, observe tendências e tome decisões embasadas.

Esse termo depende dos dois anteriores, pois um analisador só consegue efetivamente fazer o seu papel a partir das medidas coletadas pelo medidor, que por sua vez, as obtêm através dos sensores.

No caso do dispositivo DynaPredict, há dois sensores acoplados à placa eletrônica embarcada, um de temperatura e outro para medir as acelerações nos 3 eixos. Esses dois sensores são responsáveis por detectar o nível de aquecimento e as vibrações do componente da máquina no qual o dispositivo está fixado.

Já a solução completa, que agrega o aplicativo Android e a plataforma web, é não apenas um medidor de vibração, mas também um analisador, oferecendo ao usuário diversas opções de interpretação e diagnóstico de falhas em componentes monitorados.

 

 

Fontes de energia: bateria ou cabeamento

Para que os sensores e medidores funcionem, é necessário uma fonte de energia. Essa fonte pode ser, por exemplo, uma bateria ou um cabeamento conectado à rede de energia da fábrica. A alimentação por bateria possui vantagens em termos de praticidade e flexibilidade para as diversas aplicações no chão de fábrica.

Em soluções cabeadas, o próprio ambiente vai indicar os limitantes, como distância de cabeamento, necessidade de robustez, consumo de energia, etc.

 

Coletas: automatizadas ou manuais

A maioria dos medidores de vibração disponíveis no mercado requerem que um operador/especialista se dirija até a máquina a qual deseja avaliar, posicione o aparelho, geralmente cabeado com um sensor na extremidade, e obtenha as medidas. Normalmente são aparelhos caros, de tecnologia avançada e que, integrados com um analisador, fornecem informações detalhadas do equipamento avaliado.

Outra opção de medidores são os de coleta automatizada, ou seja, capazes de coletar dados sem necessidade de operação manual constante. O medidor é fixado na máquina, adquire dados e os armazena em sua memória interna. Uma vantagem deste tipo de medidor é que ele realiza um monitoramento contínuo, ou seja, coleta um histórico de dados. Ao serem transmitidos a um analisador, é possível ver um ‘filme’ de operação da máquina.

 

Formas de comunicação

Para que o analisador possa desempenhar sua função, é necessário que haja comunicação com o medidor, ou seja, que os dados sejam enviados para o sistema de análise.

No mercado existem opções de medidores com as mais diversas formas de comunicação e transmissão de dados. A forma mais usual é a comunicação por cabeamento, porém também existem opções sem fio, como medidores com portas USB, que guardam os dados na memória interna e depois são descarregados em um computador.

Como uma opção mais inovadora de comunicação sem fio, nos moldes da indústria 4.0, os medidores com comunicação via Bluetooth vem ganhando espaço no mercado, tornando a comunicação muito mais dinâmica e prática. Uma das grandes vantagens deste tipo de comunicação é que, pensando em termos de monitoramento de máquinas de difícil acesso ou alta periculosidade, é incrementado significativamente o nível de segurança dos manutentores.

*O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.

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Clara Rejane Scholles

Diretora Comercial — Dynamox Soluções Criativas

Dynamox S.A
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