Empresas diminuem peças de ferramentaria

As pequenas e médias empresas do setor de ferramentaria do ABCD são afetadas pela política das matrizes das montadoras que dão prioridade para as compras de produtos das próprias empresas e dispensam as encomendas de terceiros, em geral as do setor de ferramentaria na Região.

De acordo com representantes da área, as multinacionais automotivas estão unindo esforços para evitar as demissões em massa em seus países de origem por causa da crise europeia e norte americana. Com isso, diminuem a demanda de serviços terceirizados no Brasil. A Karmann Ghia já perdeu grandes pedidos.

“Estamos importando uma crise que não é nossa. Quem não está produzindo são eles, mas precisam manter esse setor estratégico que é a ferramentaria, então fazem as peças e enviam para onde há demanda como o Brasil. E esse é o principal problema, usam o mercado brasileiro com o dinheiro brasileiro para salvar a crise deles”, afirmou vice-presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Carlos Manoel de Carvalho.

O diretor geral da Karmann Ghia, Teruo Marcos Fuzisaki afirmou que no último trimestre perdeu grandes encomendas. “A Fiat e a Renault cancelaram os pedidos e nós, os prestadores de serviços de ferramentaria, somos atingidos.”

Pedidos
De acordo com o representante da Abimaq, nos últimos cinco anos diminuíram em cerca de 50% as demandas de ferramental estampado no Brasil. No ABCD neste período 11 empresas fecharam as portas. Já o setor de molde e injeção perdeu 30 empresas no Brasil e os pedidos caíram até 25% no mercado nacional. E o que preocupa ainda é a demanda por moldes de alta complexidade que caiu 60%.

“Importante ressaltar que a maioria das empresas que sobrevive nesse período está endividada, já que a matéria-prima, maquinário e mão de obra são caros. Os números demonstram a crise do setor, mas o que preocupa é a queda acentuada na área de moldes de alta complexidade”, enfatiza Carvalho.

Para ele, o segmento só não piorou porque aumentou a demanda dos moldes sem valor tecnológico agregado. “Mas, isso precisa ser revisto, já que lutamos para desenvolver produtos mais complexos e temos


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