Cerâmica e alumínio são os alvos das novidades da Jung

Enquanto a linha laboratorial da empresa catarinense Fornos Jung recebe o novo forno gradiente, para indústrias e laboratórios cerâmicos, as ligas de alumínio ganham um forno especial para o tratamento térmico de envelhecimento. O tratamento, também conhecido como precipitação, tem por objetivo aumentar a resistência mecânica das ligas de alumínio.

A principal vantagem do gradiente é permitir várias temperaturas de teste em uma única queima, uniformizando os ensaios e simulando as condições industriais no laboratório. O equipamento possui seis câmaras com gradiente de temperatura de 50 ºC a 100 ºC entre elas. Cada câmara possui um controlador que permite ajuste do tempo e temperatura conforme a necessidade do ensaio. A temperatura máxima é de 1,3 mil °C. Todas as câmaras possuem chaminé para resfriamento e liberação de umidade e vapores, com abertura controlada pelo programador.

O cliente pode configurar o forno de acordo com a quantidade e o tamanho das câmaras, a temperatura de operação e o grau de automação.

Já o forno para tratamento térmico de envelhecimento para ligas de alumínio possui 25 m³, opera em temperatura de 500 °C e possui circulação forçada de ar. Ele já foi comercializado para um cliente que o utilizará para tratamento de bobinas de fio de alumínio. Entretanto, a aplicação do forno também é bastante comum em rebites usados pela indústria aeronáutica.
 
As ligas de alumínio são muito utilizadas como materiais de construção mecânica, pois o material pode ser combinado com a maioria dos metais de engenharia. Com essas associações, é possível obter características tecnológicas ajustadas de acordo com a aplicação do produto final.

O grande alcance das ligas oferece à indústria uma enorme variedade de combinações de resistência mecânica, resistência à corrosão e ao ataque de substâncias químicas, condutibilidade elétrica, usinabilidade, ductibilidade, formabilidade, entre outros benefícios.

A Jung começou em 1980, na cidade de Blumenau, com o desenvolvimento do primeiro forno para porcelana utilizando fibra cerâmica como isolante térmico e com resistências apoiadas na fibra. Isso evitou o uso de materiais refratários, que são mais pesados, mais suscetíveis à quebra e gastam mais energia durante o aquecimento.


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