Figura: Divulgação
Um jovem inventor criou uma gangorra que gera eletricidade suficiente para iluminar uma sala de aula, e vê no artefato uma solução para problemas de abastecimento em áreas da África.
A gangorra, concebida pelo estudante de design Daniel Sheridan, da Universidade de Coventry, na Grã-Bretanha, transfere a energia gerada pelo movimento ascendente e descendente da criança que brinca para uma unidade de armazenamento, através de um cabo subterrâneo.
O aluno recebeu o equivalente a pouco mais de US$ 10 mil para desenvolver a idéia em um concurso universitário e diz que pretende usar o dinheiro para criar um protótipo.
A inspiração para criar o artefato surgiu durante uma viagem para trabalhar como voluntário em uma escola no sul de Mombasa, no Quênia, no ano passado. O jovem de 23 anos ajudou a construir a escola e deu algumas aulas.
"Vimos muitas crianças que adoravam brincar, sua energia, sua vibração. Eu pensei que seria ótimo usar isso de alguma forma", afirmou.
"A necessidade de energia elétrica na África Subsaariana é incrível. Sem energia, o desenvolvimento é extremamente difícil."
"O potencial para este produto é enorme e o design poderia beneficiar várias comunidades na África e além."
Sheridan calcula que cinco a dez minutos de uso da gangorra podem gerar eletricidade suficiente para iluminar uma sala de aula durante uma noite, por exemplo.
Muitas escolas na África que abrem suas portas no período noturno para alunos mais velhos são iluminadas apenas por velas e lâmpadas de querosene.
Mas, como a energia gerada pela gangorra pode ser armazenada, os seus proprietários podem decidir o quanto desejam utilizar a cada momento.
Agora Sheridan vai viajar para uma aldeia perto da cidade de Jinja, em Uganda, onde vai testar e finalizar o protótipo usando peças adquiridas localmente.
"Eu adoraria projetar um playground inteiro com peças diferentes de equipamento que podem gerar eletricidade suficiente para alimentar uma aldeia inteira."