Ecosolifer AG pode instalar fábrica em Goiás

Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Santa Catarina também estão entre os estados cotados para receber a planta.

O chefe de operações no Brasil da Ecosolifer AG, empresa de energia solar suíça,  Bruno Zacharias, afirmou ontem (29) em Goiânia estar impressionado com a infraestrutura e a logística de Goiás. “São pontos positivos que certamente serão levados em conta”, informou. Segundo ele, a empresa multinacional, que pretende abrir uma fábrica no Brasil para a produção de placas fotovoltaicas, avalia a possibilidade de abrir uma fábrica no País há algum tempo, mas só agora resolveu levar o projeto adiante. “Estivemos em Goiás no ano passado, mas entendemos na época que ainda era prematuro consolidar o processo”. Por isso, foram diversos estados brasileiros para definir o local das novas instalações.

Ele lembrou que o projeto voltou à pauta após a empresa firmar parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), durante feira de tecnologia realizada em Hamburgo, na Alemanha, no ano passado. “Neste evento, recebemos a visita de representantes de diferentes estados brasileiros que participavam da feira, entre eles, Goiás, que demonstraram interesse em negociar conosco”, disse Zacharias.

Ele estima que a nova planta entra em funcionamento até abril do ano que vem. “Estamos visitando cinco Estados brasileiros (Goiás, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Santa Catarina) para que possamos fechar relatório e enviar à matriz”.  Em seguida, explica o chefe de operações, o presidente da Ecosolifer AG vem ao Brasil para fechar o negócio.

A EcoSolifer vai investir inicialmente € 12.000.000 (R$ 45 milhões), mas o total dos investimentos podem chegar a € 40.000.000 (R$ 150 milhões) na planta de montagem e produção, com geração de 180 empregos, sendo a maioria para técnicos com alta qualificação. Bruno Zacharias esclarece que no começo a indústria vai fabricar cerca de 80 megawatts de painéis por ano, mas com meta de chegar a 200 megawatts. O País tem a meta de ter 3,5 gigawatts de energia solar em operação em 2023.


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A princípio, as células serão importadas da Hungria, a partir da fábrica em Csorna, mas os módulos fotovoltaicos serão montados no Brasil e comercializados com os parques solares, indústrias e setores do comércio. O representante da empresa informou que o acordo vai prever a transferência de tecnologia para a empresa brasileira ao longo dos próximos cinco anos. “Temos a mais avançada tecnologia do mundo. Nós detemos a tecnologia heterojunção (HST), que é o processo em que se utiliza o fio (tecnologia húngara) com o silício (cristal de domínio chinês)”, afirmou o executivo.

O vice-governador e titular da SED, José Eliton, e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela, estiveram ontem com o executivo, discutindo o eventual estabelecimento de uma planta industrial da empresa em Goiás.