Embraer recebe 50 pedidos firmes para jatos; negócios são avaliados em US$ 2,6 bi

No segmento de defesa, fabricante de aeronaves anunciou contrato com a República de Mali para seis A-29 Super Tucano.

A fabricante de aviões Embraer anunciou 50 pedidos firmes para seus jatos de corredor único na feira de Paris, nesta segunda-feira, avaliados em um total de US$ 2,6 bilhões.

As encomendas, que também incluem dezenas de opções para mais jatos, vêm de companhias aéreas como a United Airlines, da United Continental Holdings, SkyWest e Colorful Guizhou, e da empresa de leasing Aircastle.

No segmento de defesa, a fabricante de aeronaves brasileira anunciou um contrato com a República de Mali para seis A-29 Super Tucano.

De acordo com comunicado da empresa, além da aquisição de seis aviões turboélice de ataque leve e treinamento avançado, anunciada no Paris Air Show, hoje, o acordo inclui suporte logístico para a operação dessas aeronaves e também a instalação de um sistema de treinamento para pilotos e mecânicos da Força Aérea de Mali.  

Perspectivas

A Embraer prevê entregar 6.350 novos jatos no segmento de 70 a 130 assentos nos próximos 20 anos. A informação consta de relatório sobre perspectivas de mercado da companhia de 2015 a 2034. O foco do relatório é esse segmento, com valor de cerca de US$ 300 bilhões em preço lista no período.  

Por região, a América do Norte responderá por 32% desse mercado, com 2.060 jatos; seguida por Europa, com 18% (1.160), China, 16% (1.020); América Latina, 11% (720); Ásia-Pacífico, 9% (550), Comunidade de Estados Independentes com 6% (380), Oriente Médio, 4% (240) e África, 4% (220). Dos 6.350 previstos, 2.250 unidades são de 70 a 90 assentos e os demais 4.100 de 90 a 130 assentos.  

Ainda conforme o relatório, a frota mundial de jatos em serviço na categoria de 70 a 130 assentos aumentará dos 2.590 aviões em operação em 2014 para 6.490 em 2034. A Embraer diz que a substituição de aeronaves antigas representará 39% das novas entregas.  

"Aeronaves de capacidade adequada (right-sized) podem gerar regularmente maior receita e lucro por assento, uma vez que têm menos lugares disponíveis alocados para os passageiros que pagam menos por uma passagem (low-fare)", diz o presidente & CEO da Embraer Aviação Comercial, Paulo Cesar Silva, por meio de nota.  


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Também nas projeções da Embraer, a demanda global por transporte aéreo, medida por receita de passageiro-quilômetro transportado (RPK), vai aumentar 2,6 vezes, a uma média de 4,9% ao ano até 2034.

O Oriente Médio e a China serão os mercados com os crescimentos mais rápidos, a taxas anuais médias de 7%, ao passo que mercados mais maduros, Europa e América do Norte, terão taxas mais amenas, de 3,9% e 2,7%. (Com informações de Luana Pavani, da Agência Estado)