por Reinaldo Passadori    |   05/05/2015

Entenda como desenvolver e a importância da criatividade

"A criatividade é uma habilidade, um talento, mas não vem de berço somente".

A criatividade pode ser desenvolvida em uma pessoa? Sim. Mas, o que significa ser criativo, afinal? Essa parece mais uma questão importante, que deve ser respondida antes de tentar entender como podemos ser versáteis e inovadores, ou seja, como nos tornamos pessoas capazes de criar e surpreender quem está ao nosso redor.
 
A pergunta se assemelha com a confusão sobre o que realmente é a inteligência. Muita gente entende inteligência exclusivamente como a capacidade de armazenar informações. O que está absolutamente errado. Da mesma forma, a qualidade de quem é criativo é muito maior do que o dom para pintar um quadro abstrato.
 
Os grandes pensadores definem criatividade como a capacidade para formular teorias científicas, inventar ferramentas e utensílios ou, ainda, produzir verdadeiras obras de arte. Há quem acredite que ela se refere à força para desenvolver trabalhos valiosos, desconstruir a realidade, transformar o que já existe e nos acostumamos a ver como único e indispensável.
 
Tem gente que define criatividade até como competência para encontrar soluções novas para velhos problemas. Tudo isso é verdade.
 
Uma das melhores consequências do aumento de exigência do mercado com relação aos profissionais que neles ingressam é a necessidade de ser criativo. Não adianta, desse atributo ninguém escapa.
 
Quantas empresas exigem criatividade na lista de aptidões dos candidatos às vagas de trabalho? E, para o bem da ética, a criatividade não pode ser faz de conta. Não existe o indivíduo “meio criativo”.
 
Imagine se um distinto senhor chamado Ludwig van Beethoven fosse um ser mais ou menos criativo, em vez de gênio que foi. O mundo seria mais triste, afinal, jamais teríamos ouvido a “Nona Sinfonia”.
 
A criatividade é uma habilidade, um talento, mas não vem de berço somente. Temos uma lista de grandes gênios das artes e das ciências, mas também há inúmeros anônimos que se revelam, em suas atividades cotidianas, criadores capazes de surpreender.
 
Eles carregam experiências, ensinamentos variados, tradicionais e informais. Tudo que vivemos vale para compor em nosso repertório pessoal e no nosso poder de ação a qualidade de suas referências, raciocinar logicamente, guardar imagens e visualizar soluções. Ou seja, ser criativo.
 
Lembre-se: a criatividade se constrói porque as experiências que nos ocorrem, embora únicas, podem se repetir. Registramos problemas e também registramos soluções.
 
O melhor mesmo é dar preferência para as experiências que exigem muito mais do que as soluções tradicionais. Precisamos os exercitar e isso depende da qualidade de situações que escolhemos enfrentar. Seja para a vida profissional, seja para as nossas relações mais comuns e diárias.
 
Não precisamos ser "Picassos" e "Einsteins" para criar e inovar, mas somente diante de desafios que nos provocam a necessidade quase instintiva de contornar, resolver e superar com criatividade, que podemos aperfeiçoar a nossa imaginação e dar alguma chance para a capacidade criativa que existe em todos nós. Ponha-se à prova todos os dias.

O conteúdo e a opinião expressa neste artigo não representam a opinião do Grupo CIMM e são de responsabilidade do autor.
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Reinaldo Passadori

O autor é especialista em Comunicação Verbal e presidente do Instituto Passadori, que já treinou mais de 70 mil profissionais na área.