Novo sistema permite reabastecimento de drones em pleno ar

Neozelandês radicado na Austrália é o inventor do esquema.

Um pesquisador do Centro Australiano para Robótica de Campo da Universidade de Sydney apresentou na semana passada um sistema que pode resolver o problema da baixa autonomia de voo da maioria dos drones.

Daniel Wilson, nascido na Nova Zelândia, criou um método para permitir que VANTs (veículos aéreos não tripulados) atraquem e se recarreguem ou reabasteçam seus tanques de combustível em voo, tal como o fazem jatos militares.

O primeiro encaixe bem-sucedido de um drone com uma aeronave de abastecimento foi realizado por sua equipe em novembro do ano passado. E na semana passada, um avião não tripulado da Marinha dos EUA tornou-se o primeiro a testar o reabastecimento aéreo.

De acordo com o “Mashable”, usando um drone comercial com asas fixas e bastante modificado, conseguiu-se ampliar a autonomia do aparelho, que originalmente é de 1 hora. A equipe da Universidade de Sydney passou anos trabalhando em um processo que permitiria o reabastecimento aéreo.

O vídeo abaixo (em inglês) demonstra o método:

O sistema funciona baseado em um módulo de GPS altamente coordenado, um sensor de movimento inercial, tecnologia de infravermelho a bordo de dois drones (um líder e um imediato) e uma estação de reabastecimento.

A aeronave líder voa em um grande círculo, rebocando a “mangueira” de reabastecimento que tem uma extremidade cônica (“drouge”) feita para se encaixar no bico de recarga da aeronave imediata, enquanto transmite dados de seus sensores a bordo. Usando esses dados, o drone imediato tenta voar em formação com o líder. Uma vez que é alinhado com êxito, o seguidor localiza e prende seu nariz no drouge para encaixe final e reabastecimento.

De acordo com Wilson, a etapa de acoplamento foi a mais difícil de acertar, particularmente sendo os dois aviões de pequeno porte e o drouge constantemente fustigados por vento e turbulência.


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No curto prazo, diz Wilson, o sistema será provavelmente mais utilizado por militares para reabastecer seus drones maiores. Mas o método também pode ser útil quando se precisar, por exemplo, pousar um drone de forma precisa sobre um objeto em movimento.

A equipe de Wilson trabalha agora num melhoramento do método para contemplar uma captura autônoma de drones em voo. Usando esta tecnologia, um operador pode ter um grande drone transportando um número de aeronaves não tripuladas menoes.

“Você pode soltá-los, mandá-los fazer algum tipo de tarefa como pesquisa, e depois reuni-los de volta e continuar voando”, acrescentou. “Isso é muito bom se você quer cobrir uma grande área rapidamente”.